Novos padrões europeus de emissões de automóveis "não fazem sentido", diz presidente da Stellantis
MILÃO (Reuters) - O presidente-executivo da Stellantis, Carlos Tavares, rotulou nesta quarta-feira como "inútil" a parte dos chamados padrões Euro 7 que restringem os limites de emissão de poluentes para automóveis, incluindo óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono a partir de 2025.
Apresentando os resultados da montadora no ano passado, o CEO disse que a parte da regulamentação envolvendo emissões também foi contraproducente.
"Não é útil, é caro, não traz benefícios aos clientes, não traz benefícios ambientais", disse ele à mídia. "A parte da emissão do ICE é algo que simplesmente não faz sentido."
Tavares já havia criticado os padrões Euro 7 como uma perda de tempo e dinheiro, pois exigem investimentos em dinheiro e tecnologia para reduzir as emissões em modelos de combustível fóssil que a União Europeia pretende proibir a partir de 2035 de qualquer maneira.
Ele disse que a Stellantis limitará o número de aplicações Euro 7 ao mínimo, com o objetivo de aumentar a eletrificação o mais rápido possível.
Tavares, porém, elogiou a legislação sobre partículas geradas por freios e pneus. "Este é útil para melhorar a saúde, reduzindo a quantidade de partículas (que) são geradas."
(Por Giulio Piovaccari e Nick Carey)