No G7, Zelenskiy diz que destruição de Bakhmut tem ecos de Hiroshima

Reunião do G7 em Hiroshima

Por Trevor Hunnicutt e Andreas Rinke

HIROSHIMA, Japão (Reuters) - Os líderes das democracias mais ricas do mundo disseram neste domingo que não desistirão de apoiar a Ucrânia, em um alerta ao presidente russo, Vladimir Putin, depois que ele anunciou a tomada da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, algo que Kiev nega.

A cúpula do G7 na cidade japonesa de Hiroshima teve uma reviravolta neste fim de semana com a chegada do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, que voou em avião do governo francês para angariar maior apoio contra a invasão russa.

Zelenskiy colocou flores no memorial das vítimas do primeiro bombardeio atômico do mundo a atingir uma cidade e disse que as fotos da destruição de Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial o fazem lembrar de Bakhmut e de outras cidades ucranianas destruídas.

Ele também disse em entrevista coletiva que ainda há soldados em Bakhmut e que a cidade não foi capturada pela Rússia. Mais cedo, ele afirmou a repórteres que a cidade localizada no leste ucraniano, foco de combates nos últimos meses, foi destruída.

"É uma tragédia", disse Zelenskiy. "Não há nada neste lugar" - o que restou foram "muitos russos mortos".

Durante o último dia da cúpula do G7, que teve duração de três dias, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um pacote de auxílio militar de 375 milhões de dólares destinado à Ucrânia, incluindo artilharia e veículos blindados.