Neuralink, de Elon Musk, rebate acusação de maus tratos a animais
(Getty Images)
Neuralink rebate acusações sobre maus tratos aos animais
Empresa usa macacos e porcos para testar chips implantados no cérebro
Post no blog oficial aponta tratamento ético e critica oposição a animais em pesquisas
A Neuralink, empresa que testa a implementação de chips cerebrais, rebateu nesta segunda-feira (14) as acusações de maus tratos aos animais utilizados nos experimentos e mantidos em laboratórios ou dependências da UC Davis, universidade parceira.
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Em um post em seu blog oficial, a companhia de Elon Musk explicou todo o procedimento feito com macacos e porcos, cujo objetivo é testar a funcionalidade de chips no cérebro que permitirão aos humanos, no futuro, a realização de tarefas básicas com o controle da mente.
De acordo com a empresa, não foram detectados problemas de saúde nos animais em decorrência dos implantes. Ela ainda ressaltou que todas as instalações contam com boas condições, além de oferecerem refeição rica em nutrientes, áreas de lazer e contato com a natureza.
“É importante notar que essas acusações vêm de pessoas que se opõem a qualquer uso de animais em pesquisas. Atualmente, todos os novos dispositivos e tratamentos médicos devem ser testados em animais antes de serem testados eticamente em humanos. A Neuralink não é única a esse respeito”, pontuou.
Com relação aos animais sacrificados, a companhia alega que a decisão foi tomada por médicos veterinários e que os bichos em questão não teriam um padrão de vida de qualidade por condições pré-existentes.
"Nós também esperamos o dia em que animais não serão mais necessários para pesquisas médicas. (...) Porém, se eles precisam ser usados para pesquisa enquanto isso, as vidas e experiência deles devem ser o mais vitais e naturais possíveis", diz a companhia.
A acusação
Mais de 700 páginas de documentos foram apresentadas pelos ativistas ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para formalizar uma queixa contra os procedimentos realizados pela Neuralink.
O texto da denúncia afirma que "funcionários públicos, que trabalham em prédios financiados publicamente, cortam os crânios dos animais, implantam eletrodos em seus cérebros e, eventualmente, os matam".
O PCRM (Comitê de Médicos para Medicina Responsável) estima que 15 macacos morreram ou foram sacrificados como resultado da pesquisa. Nesse processo, as cobaias teriam passado por sofrimento extremo e não receberam os cuidados adequados.