A namorada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou no Twitter a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que derrubou a prisão após condenação em segunda instância. A socióloga Rosângela da Silva mandou um recado ao petista, que pode ser beneficiado com o veredito do Supremo.
“Amanhã eu vou te buscar! Me espera #onossoamorvencera #omornosaproxima #teamoprasempre”, escreveu Rosângela ontem.
Amanhã eu vou te buscar! Me espera!! #onossoamorvencera #oamornosaproxima #teamoprasempre ❤️
— JanjaLula (@JanjaLula) November 8, 2019
A saída do ex-presidente depende de um aval simples da juíza federal Carolina Lebbos. A libertação do petista não é automática, mas basta um pedido dos advogados no próprio procedimento de administração da pena, na 12ª Vara Federal em Curitiba, para que ele deixe a prisão depois de 19 meses.
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Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, que defendem o ex-presidente, informaram que pedirão hoje a soltura imediata do petista depois da decisão do STF.
LULA JÁ SABE O QUE FAZER
O primeiro ato que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja fazer ao ser libertado será em Curitiba, em frente à Polícia Federal. O petista quer cumprimentar e prestar uma homenagem aos simpatizantes que ficaram em vigília no local durante um ano e sete meses.
A expectativa é que também ocorra um comício em São Paulo ou São Bernardo do Campo, em seguida. A defesa de Lula informou que pedirá nesta sexta-feira à Vara de Execução Penal de Curitiba a "soltura imediata" do líder petista.
Antes, o advogado Cristiano Zanin Martins visitará o ex-presidente na sede da Polícia Federal de Curitiba.
Além do pedido de soltura, a defesa informou que também vai reiteirar o pedido para que o Supremo julgue os habeas corpus que pedem a nulidade de todo o processo do caso do tríplex do Guarujá e a suspeição do ex-juis Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo do presidente Jair Bolsonaro.
"Lula não praticou qualquer ato ilícito e é vítima de “lawfare”, que, no caso do ex-presidente, consiste no uso estratégico do Direito para fins de perseguição política", informou em nota a defesa.
A DECISÃO
O STF (Supremo Tribunal Federal) voltou a barrar a prisão de condenados logo após a segunda instância e reverteu o entendimento estabelecido pela corte em 2016.
A decisão abre caminho para liberar cerca de 5.000 réus, segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde abril de 2018.
Último a votar no julgamento desta quinta-feira (7), o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, desempatou o placar e deu o sexto voto contra a execução da pena antes de esgotados todos os recursos do réu.
O julgamento do tema começou em 17 de outubro e ocupou quatro sessões plenárias.
Votaram a favor da prisão logo após condenação em segunda instância os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
O relator do tema, Marco Aurélio, e Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Toffoli votaram contra.