Na Suíça, Tribunal de Justiça considera que motoristas de Uber são empregados
Tribunal de Justiça da Suíça decidiu que motoristas parceiros da Uber são empregados da companhia;
Sobre a decisão, a empresa afirmou que não há “outra opção além de suspender temporariamente [seus] serviços" em Genebra;
Desse modo, a partir da meia-noite deste sábado (4), a empresa não poderá operar na região.
O Tribunal Superior da Suíça decidiu na última sexta-feira (3) que motoristas parceiros da Uber, companhia de transporte por aplicativo, devem ser considerados empregados, e confirmou decisão de Genebra em que se exige o cumprimento da lei para a continuidade das atividades da empresa na região.
"Segundo o Supremo Tribunal Federal, o tribunal de cantão não atuou arbitrariamente ao decidir que os motoristas da Uber, que trabalhavam em Genebra, tinham vínculo empregatício com a Uber BV. O Supremo Tribunal Federal nega provimento ao recurso correspondente", informou a Corte em comunicado que acompanhou o veredito.
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"Em resumo, os motoristas de Uber não podem mais ser considerados como autônomos, mas reconhecidos como empregados", continuaram as autoridades. Desse modo, a partir da meia-noite deste sábado (4), a empresa não poderá funcionar em Genebra.
Sobre a decisão, a empresa afirmou que não há “outra opção além de suspender temporariamente [seus] serviços no cantão até uma retomada do diálogo com as autoridades para que seja encontrada uma solução aceitável para todos".
A companhia, sediada na Califórnia, nos EUA, é acusada em diversos países de burlar padrões nacionais de proteção ao trabalho, evitando negociações coletivas com seus motoristas parceiros.
*Com informações da AFP e da Reuters.