Museu do sul da França destaca trabalho em cerâmica de Picasso
Como parte das comemorações dos 50 anos da morte de Pablo Picasso, o museu Magnelli, que fica em Vallauris, na Riviera Francesa, destaca o trabalho do artista espanhol na cerâmica com a mostra “Formas e Transformações”.
Por Patrícia Moribe
A descoberta da cerâmica por Picasso começa em 1946, quando o artista visita uma exposição anual de ceramistas em Vallauris, conhecida por ser um polo dessa arte. Picasso conhece o casal Ramié, dono do ateliê-fábrica Madoura. Curioso, ele decide experimentar a argila, a roda de oleiro e a pintura na cerâmica. O artista deforma, transforma e reinterpreta o material. Em 20 anos de parceria com o ateliê, Picasso produziu milhares de peças.
“Selecionamos um conjunto de obras emblemáticas que permitem traçar os diferentes processos do artista”, explica Céline Graziani, diretora do museu Magnelli. “Começamos pela influência da Antiguidade, em especial com pequenas esculturas que chamamos de ‘tanagra’, em referência a uma cidade da Grécia antiga.”
Uma foto ampliada mostra seus filhos Paloma e Claude brincando com uma máscara de cerâmica, com a peça original exibida em uma redoma de vidro ao lado. A simbologia de Picasso, principalmente em torno da taromancia e de mulheres, é recorrente na cerâmica.
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