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Mudanças na Amazônia estão afetando o Tibete, afirmam cientistas

Separados por 20.000 quilômetros, a floresta amazônica e o Tibete podem parecer totalmente isolados um do outro, mas um estudo recente mostra que o que acontece no norte do Brasil é capaz de engatilhar mudanças no clima do sudeste asiático. A região sofre com secas severas que podem ter ligação com as mudanças ocorridas na Amazônia.

A definição de ecossistema é ampla e pode definir uma região pequena como um parque urbano ou uma imensa — até mesmo todo o planeta. Nesse contexto, os extremos climáticos pelos quais a Amazônia vêm passando nos últimos anos, devido a queimadas e desmatamento, estão se refletindo em outros lugares do globo.

Desmatamento e queimadas na Amazônia podem afetar não somente o clima local, mas também áreas distantes como o Tibete, aponta estudo (Imagem: Alberto César Araújo/Amazônia Real)
Desmatamento e queimadas na Amazônia podem afetar não somente o clima local, mas também áreas distantes como o Tibete, aponta estudo (Imagem: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Cientistas usam o conceito de “tipping point” — ponto de virada, ou ponto crítico — que indica quando um ambiente chega a um ponto em que as mudanças no ecossistema são grandes e irreversíveis. Sobre a Amazônia, se fala na possibilidade de transformação em um ambiente de savana graças às mudanças climáticas. O que estudos recentes sugerem é que o ponto crítico de um local pode criar um “efeito dominó”, fazendo com outras regiões também cheguem ao colapso.

O ponto crítico do Tibete

“Fomos surpreendidos ao ver o quão fortemente os extremos climáticos na Amazônia estão ligados aos do Tibete”, afirma Jurgen Kurths, pesquisador do Postdam Institute for Climate Impact Research. O estudo do qual ele fez parte utilizou dados dos últimos 40 anos para mapear ligações climáticas entre as regiões. Sua equipe encontrou conexões entre a América do Sul e o sudeste asiático, passando pelo sul da África e pelo Oriente Médio.

Através de simulações computacionais, os pesquisadores projetaram ainda um cenário para o ano de 2100, para ver como estas ligações podem se comportar com as tendências climáticas. A descoberta foi que, à medida que a Amazônia esquenta, as temperaturas também sobem no Tibete, mas quando a chuva na floresta aumenta, a precipitação de neve nas montanhas asiáticas caem.

Planalto do Tibete visto do espaço (Imagem: NASA)
Planalto do Tibete visto do espaço (Imagem: NASA)

Essa relação é preocupante pois a água proveniente do degelo do Himalaia serve para o consumo de bilhões de pessoas no sudeste asiático. A região já passa por uma crise hídrica, mas ela pode se intensificar ao mesmo tempo em que a Amazônia é desmatada.

O efeito dominó

Outras regiões do globo passam por situações delicadas por conta das mudanças climáticas. A região do Ártico, por exemplo, está aquecendo duas a três vezes mais rapidamente do que a média global.

Embora os pesquisadores estejam cientes destas áreas em estado preocupante, a possibilidade de seus pontos críticos tem sido subestimada, de acordo com Kurths. Ainda assim, para os autores do estudo é improvável que todos os ecossistemas entrem em colapso de uma vez. De qualquer forma, “é um risco que queremos evitar,” diz Hans Joachim Schellnhuber, coautor do estudo.

Fonte: Canaltech

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