MP da Eletrobrás pode gerar custo de R$ 41 bi para consumidores
Em votação no Congresso Nacional, a Medida Provisória que prevê a privatização da Eletrobrás recebeu adendos após votação na Câmara dos Deputados. Segundo associações do setor, um custo extra de R$ 41 bilhões pode chegar ao bolso de consumidores residenciais e industriais.
Em audiência pública no Senado nesta quarta-feira (02), representantes do setor de energia protestaram contra a privatização. O presidente da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobrás (Aesel), Ikaro Chaves, disse que a venda do controle acionário da estatal é a "nova cloroquina do setor elétrico, pois não resolve os problemas e pode matar o paciente".
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O calculo foi feito pelo grupo União pela Energia. De acordo com o G1, os pontos alterados pela Câmara foram os seguintes:
Exigência de contratação prévia de 6 megawatts de termelétricas movidas a gás, sendo mil megawatts no Nordeste (em estado que não tenha suprimento de gás natural) e o restante nas regiões Norte e Centro-Oeste;
Criação de reserva de mercado para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) de pelo menos 50% nos próximos leilões de energia nova, limitado a 2 mil megawatts;
Prorrogação por mais 20 anos dos contratos do Programa de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Os recursos da "descotização" das usinas será usado na Conta de Desenvolvimento Energético apenas para o mercado cativo.