Moraes manda abrir inquérito contra Ibaneis, Torres e ex-chefe da PM do DF
Inquérito será aberto por determinação de Alexandre de Moraes após pedido da PGR;
Anderson Torres tem ordem de prisão decretada. Já o secretário interino está detido desde o dia 11.
Atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a abertura de um inquérito contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e mais três: o ex-ministro e ex-secretário da Segurança no DF, Anderson Torres, o secretário-executivo da Segurança no estado, Fernando de Sousa Oliveira, e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF.
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O objetivo do inquérito é apurar a conduta das autoridades no dia 8 de janeiro, durante os ataques terroristas promovidos na capital federal por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fábio Augusto está preso desde o dia 11, por determinação de Moraes. Ele era o responsável pela PM na data do ocorrido. Com isso, passou a ser suspeito de omissão nos atos golpistas.
Segundo informações obtidas pelo portal UOL, o pedido aponta que, mesmo ciente dos riscos, Ibaneis liberou as manifestações na Esplanada no dia 8.
Como se organizaram os atos terroristas em Brasília? A linha do tempo interativa abaixo te mostra, clique e explore:
Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades. Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques. Até o fim da segunda (10), pelo 1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.
Já Fernando Oliveira, o documento menciona que o Secretário interio teria afirmado em mensagem que as equipes não haviam notado “agressividade” nos bolsonaristas que invadiram os prédios públicos.
Enquanto isso, Torres estava de férias nos EUA e teve pedido de prisão determinado por Moraes. Além disso, equipes da Polícia Federal realizaram buscas na residência dele. Entre os documentos encontrados, estava um rascunho de decreto golpista para que Bolsonaro pudesse instituir um estado de defesa para contestar o resultado das eleições.