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Molécula “Nickelback” pode ser ingrediente para surgimento da vida

Uma equipe de cientistas da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, descobriu uma molécula que pode trazer implicações significativas na busca por vida em outros planetas. Apelidada “NIckelback”, a molécula faz parte de uma proteína, e pode servir como um direcionamento para cientistas que procuram planetas promissores para formação de vida.

A molécula — que, acredite, não tem relação com a banda canadense Nickelback — recebeu este nome porque é formada por átomos de nitrogênio ligados a átomos de níquel. Ela é um peptídeo simples, ou seja, parte de uma proteína formada por aminoácidos, os compostos conhecidos como blocos construtores da vida.

Mas, afinal, onde Nickelback entra quando o assunto é o surgimento da vida? “Os cientistas acreditam que, entre 3,5 e 3,8 bilhões de anos atrás, houve um ponto de virada, algo que causou a mudança da química prebiótica — as moléculas antes da vida — para seres vivos, sistemas biológicos”, explicou Vikas Nanda, coautor do novo estudo.

Esta mudança parece ter sido desencadeada por algumas proteínas precursoras, que executaram passos essenciais em antigas reações metabólicas. E, ao que tudo indica, a molécula Nickelback é exatamente um destes peptídeos: o níquel de sua estrutura pode ser um catalisador poderoso, capaz de unir prótons e elétrons para formar o hidrogênio que teria sido uma fonte de energia para a formação da vida.

Peptídeo Nickelback; os átomos de nitrogênio aparecem em azul, e os níquel, em laranja (Imagem: Reprodução/The Nanda Laboratory)
Peptídeo Nickelback; os átomos de nitrogênio aparecem em azul, e os níquel, em laranja (Imagem: Reprodução/The Nanda Laboratory)

A descoberta foi realizada por uma equipe de cientistas que investiga como as proteínas evoluíram para se tornar as catalisadoras principais da vida na Terra. Enquanto estudam o universo em busca de sinais de vida atual ou no passado, os cientistas costumam procurar por bioassinaturas, substâncias que são evidência de vida que existe ou que existiu.

Para dar origem a este processo, o composto químico teria que ser capaz de se formar espontaneamente em uma sopa prebiótica, e ainda precisaria ser quimicamente ativo o suficiente para ter o potencial de obter energia do ambiente e causar um processo bioquímico.

Então, para encontrar este composto, os pesquisadores começaram a analisar as proteínas que já se sabe que estão relacionadas a processos metabólicos. Ao notar que elas eram complexas demais para serem formadas no início, eles começaram a estudar a estrutura básica delas. Após uma série de experimentos, concluíram que Nickelback é um ótimo candidato a responsável pelo início da vida.

Este peptídeo contém 13 aminoácidos e dois íons de níquel, um metal bastante frequente nos oceanos primitivos. Quando estão presos ao peptídeo, os átomos de níquel se tornam catalisadores eficientes e atraem prótons e elétrons, formando hidrogênio gasoso. A presença do níquel na Terra primordial, somada à provável presença de aminoácidos, tornam a existência de Nickelback naquele período plausível.

Assim, peptídeos como este podem se tornar a bioassinatura mais recente usada pelos cientistas da agência espacial na busca por planetas prestes a formar vida. “Este trabalho mostra que, além de enzimas metabólicas proteicas serem possíveis, elas são bastante estáveis e ativas, o que as tornam um ponto de início plausível para a vida”, finalizou Nanda.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Science Advances.

Fonte: Canaltech

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