Microsoft promove demissões na área de atendimento ao cliente
Microsoft demitiu, somente no mês de julho, pelo menos 1.800 funcionários por causa da desaceleração econômica
Cortes de empregos adicionais estavam concentrados no grupo Modern Life Experiences (MLX)
Porta-voz da empresa recusou-se a fornecer detalhes, mas não negou que as demissões tenham ocorrido
Relatos no LinkedIn e na imprensa internacional apontam que a Microsoft demitiu, somente no mês de julho, pelo menos 1.800 funcionários por causa da desaceleração econômica e que cerca de 200 funcionários desligados pertenciam a um de seus projetos de Pesquisa e Desenvolvimento focados no cliente.
De acordo com postagens no LinkedIn, de propriedade da Microsoft, as demissões recentes também afetaram os recrutadores contratados em vários locais.
Um relatório do Business Insider mencionou pela primeira vez que os cortes de empregos adicionais estavam concentrados no grupo Modern Life Experiences (MLX) da Microsoft, que foi criado em 2018 com o objetivo de “conquistar os consumidores de volta”.
“Cerca de 200 funcionários da equipe da Modern Life Experiences foram instruídos a encontrar outro cargo na empresa dentro de 60 dias ou pedir demissão”, afirmou o relatório. Um porta-voz da empresa, que foi procurado pela reportagen do TechCrunch, recusou-se a fornecer detalhes, mas não negou que as demissões tenham ocorrido.
Insatisfação em massa
As supostas demissões ocorreram pouco mais de um mês após pesquisas internas das grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Google, Microsoft e Meta, mostraram que seus trabalhadores estão cada vez mais insatisfeitos com seus salários e com as lideranças das empresas.
Analistas do setor apontam que dado o contexto atual de queda nas ações relacionadas à tecnologia e a maior competitividade no mercado de trabalho, é improvável que esse sentimento melhorará. Apesar de nos últimos anos, com a pandemia, os trabalhadores de tecnologia terem visto uma grande valorização de seus trabalhos, o momento atual é de "precariedade econômica", afirmou Dan Wang, professor na Faculdade de Administração de Columbia.
Embora a Microsoft tenha anunciado aumentos baseados em desempenho e pacotes de ações, muitos dos trabalhadores reclamaram, afirmando que receber ações ao invés de dinheiro é uma maneira de "nos manter ainda mais acorrentados à Microsoft".