Microsoft desiste de proibir venda de apps open source na loja do Windows
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A Microsoft retrocedeu na sua ideia de banir desenvolvedores que vendessem softwares de código aberto na loja de aplicativos do Windows 11 e Windows 10. A decisão era fruto de uma mudança na política da empresa para barrar golpistas, que apenas reembalariam apps tradicionais gratuitos para lucrar em cima, mas acabou afetando criadores legítimos.
Prevista para vigorar no início desta semana, a regra proibia a comercialização de programas criados sobre open source, ou seja, códigos abertos e gratuitos que qualquer pessoa pode modificar. Pequenos desenvolvedores, principalmente, pegam essas bases de dados, melhoram e distribuem na web em um formato grátis (com incentivo à doação) ou por um preço módico de aquisição.
Last month, we shared a few updates to Microsoft Store policies to help protect customers from misleading product listings. We heard your feedback, and today we made a change to policy 10.8.7 and 11.2 https://t.co/fJd50I4J0c 1/3
— Giorgio Sardo (@gisardo) July 18, 2022
O anúncio da decisão original pegou muita gente de surpresa e fez com que uma onda de protestos tomasse a comunidade de desenvolvedores. A reclamação parece ter dado resultado, porque a gigante do software cancelou a mudança.
Política que prejudicaria os desenvolvedores corretos
O gerente geral da Microsoft Store, Giorgio Sardo, usou seu perfil no Twitter para anunciar o fim da proibição. "No mês passado, compartilhamos algumas atualizações nas políticas da Microsoft Store para ajudar a proteger os clientes de listagens de produtos enganosas. Ouvimos seus comentários e hoje fizemos uma alteração na política 10.8.7 e 11.2", disse.
3/3 There are many great free and paid OSS apps in the Microsoft Store, and we look forward to welcoming more https://t.co/AMNlX08GnN
— Giorgio Sardo (@gisardo) July 18, 2022
Na prática, a política aprovada se manteve, mas foi excluído o trecho que mencionava a precificação de produtos de código aberto. Segundo Sardo, a decisão foi tomada em razão do compromisso da empresa de construir uma loja aberta, com flexibilidade e liberdade de escolha.
Ele justificou que o feedback sobre a política, que poderia ser interpretada de forma diferente do propósito original, ajudou a modificar a decisão. Apesar das mudanças, a empresa se manteve firme quando se trata de mecanismos de navegador: apenas Chromium e Gecko serão suportados, o que significa que quaisquer outros mecanismos, como o WebKit da Apple, não poderão ser disponibilizados na Microsoft Store.
Agora, desenvolvedores e usuários poderão continuar a conviver em paz com os softwares open source no Windows. Se você não quiser pagar, tudo bem usar a versão original. Mas se gostou tanto de um app, lembre-se de remunerar o programador que gastou tempo e esforço para aprimorar aquele produto grátis, sem exigir nada em troca.
Fonte: Canaltech
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