Mercado volta a apostar em alta de juros do Fed este mês
(Bloomberg) -- O mercado de Treasuries voltou a precificar a possibilidade de uma alta de juros do Federal Reserve nesta terça-feira, depois que a quebra de bancos desencadeou uma queda histórica nos yields e apostas no fim do aperto monetário na segunda.
A segunda virada na precificação do mercado em dois dias já estava em andamento antes da divulgação dos dados de inflação de fevereiro nos EUA. O rendimento dos títulos do Tesouro americano de dois anos, que havia despencado até 0,65 ponto percentual na véspera, chegou a subir 0,40 um dia depois.
No mercado de swaps, os operadores elevaram as chances de um aumento de juros do Fed na próxima semana para cerca de 80%, ante cerca de 50% no fechamento de segunda-feira. A probabilidade implícita subiu apenas brevemente acima disso depois que o núcleo do índice de preços ao consumidor subiu um pouco mais do que os economistas estimaram para o mês, enquanto a número anual mostrou uma desaceleração em relação a janeiro.
“A forma como os mercados financeiros estão se comportando hoje, em conjunto com os dados, deve aumentar a probabilidade de um aumento de 25 pontos-base em março, mas apenas na margem”, disse Alan Ruskin, estrategista-chefe internacional do Deutsche Bank.
O mercado de Treasuries tem tido oscilações fortes. O yield de dois anos atingiu uma máxima de vários anos de 5,08% na quarta-feira, depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que estava aberto para reacelerar o ritmo de aperto.
Na segunda-feira, o yield de dois anos caiu abaixo de 4% em meio à turbulência no setor bancário, e chegou a 3,82% no início do pregão europeu nesta terça-feira, caindo abaixo de sua média móvel de 200 dias pela primeira vez desde meados de 2021. Depois voltou a subir, para até 4,38%.
Enquanto isso, a inflação continua muito mais quente do que a meta de 2% do Fed. O índice de preços ao consumidor cheio subiu 6% na comparação anual em fevereiro, ante 6,4% em janeiro. O núcleo caiu de 5,6% para 5,5%, apesar de ter subido 0,5% no mês, um décimo a mais do que os economistas estimavam.
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