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Mercado Livre reverte prejuízo e lucra US$165 mi no 4° tri

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) -O Mercado Livre divulgou nesta quinta-feira lucro maior do que o esperado no quarto trimestre, revertendo prejuízo do mesmo período do ano anterior, com crescimento de vendas em sua plataforma e maior geração de receita de seu braço financeiro.

A companhia teve lucro líquido de 164,7 milhões de dólares de outubro a dezembro, após prejuízo de 46,1 milhões um ano antes. Analistas, em média, projetavam lucro de 125,8 milhões de dólares, segundo dados compilados pela Refinitiv.

A empresa, com ações listadas em Nova York, teve receita líquida de 3 bilhões de dólares no quarto trimestre, crescimento de 40,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior (56,5% em moeda constante).

No negócio de comércio eletrônico, a receita líquida avançou 22,3% no trimestre frente a um ano antes, com as vendas no marketplace crescendo 20,8% (34,7% em moeda constante), a 9,6 bilhões de dólares, pelo conceito GMV.

O GMV, cuja tendência de desaceleração em muitas varejistas vem sendo alvo de foco do mercado, havia sido de 8,6 bilhões de dólares no terceiro trimestre do ano passado e de 8 bilhões no quarto trimestre de 2021.

"A quantidade de itens adquiridos por compradores se manteve no mesmo patamar quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, mas a expansão do valor médio gasto por item e o aumento do número de usuários se refletiram no aumento significativo do volume de vendas no marketplace", disse a empresa em comunicado.

O Mercado Livre afirmou que ganhou participação de mercado em toda sua operação de comércio eletrônico, em especial no México e no Brasil.

O braço financeiro da companhia, Mercado Pago, viu sua receita líquida subir 73,5% (92,7% em moeda local) em 12 meses, para 1,3 bilhão de dólares.

"O Mercado Pago teve performance acima das expectativas com a contribuição dos serviços de pagamentos e da conta digital, ambas categorias cujo volume total de pagamentos cresceu três dígitos no ano passado", disse a empresa.

A carteira de crédito ficou estável em 2,8 bilhões de dólares, e a inadimplência até 90 dias caiu de 13% para 10% na base sequencial.

"Tivemos uma redução relevante da inadimplência em parte por uma decisão no meio de ano de focar em clientes de menor risco e em parte também por sazonalidade", afirmou à Reuters o vice-presidente sênior de estratégia, desenvolvimento corporativo e relações com investidores, Andre Chaves. Ele acrescentou que fatores como impostos e volta às aulas podem impactar o dado neste início de ano.

O executivo disse ainda que a carteira da empresa é de curto prazo. "Ficar estável não significa que não fizemos novas concessões, mas que continuamos concedendo no mesmo ritmo. Continua sendo um negócio que está muito vivo, mas não estamos com o pé no acelerador", disse.

O volume total de pagamentos avançou 45,3% (79,5% em moeda constante), a 36 bilhões de dólares, frente a igual período de 2021.

Chaves disse que o Mercado Livre seguirá elevando investimentos no Brasil em 2023, mas não deu mais detalhes da magnitude do crescimento.

Sobre a crise da rival Americanas, ele afirmou que a situação não muda os planos do Mercado Livre, mas que abre oportunidades para crescimento em áreas que a empresa já planejava.

(Edição de Alberto Alerigi Jr. e Pedro Fonseca)