Mercado Livre processa Apple no Brasil e México pela taxa cobrada
Mercado Livre anunciou que entrou com ações junto a órgãos regulatórios contra Apple;
Empresa acusa gigante da tecnologia de "sérios efeitos anticompetitivos";
Fabricante impede que outras empresas ofereçam a distribuição de produtos digitais.
Nesta segunda-feira (5), o Mercado Livre anunciou que entrou com ações junto a órgãos regulatórios no Brasil e no México contra restrições impostas pela Apple na loja de aplicativos.
Na ação, a empresa contesta as regras da Apple que impedem os aplicativos de distribuírem bens e serviços digitais de terceiros, tais como filmes, música, jogos de videogame, livros e conteúdo escrito.
"Nós somos um marketplace de produtos físicos. Se você quer comprar um telefone, você vai ao Mercado Livre e compra... temos milhões de usuários e estamos a um passo de, por exemplo, ser um marketplace também de produtos digitais", afirmou Paolo Franco Benedetti, diretor sênior de antitruste da empresa, à Reuters.
O executivo disse ainda que a regra impede que o Mercado Livre oferte na plataforma da marca, de maneira agregada, serviços de streaming de vídeo e música, entre outros, de companhias que concorrem com a Apple nesses segmentos.
A plataforma de vendas ainda acredita as práticas da gigante da tecnologia têm "sérios efeitos anticompetitivos", impedindo que outras empresas ofereçam a distribuição de produtos digitais, além de diminuir o alcance de serviços rivais.
Utilizando a justificativa de oferecer uma maior segurança aos seus usuários, a Apple funciona em um ecossistema fechado e único. Por causa dessa dinâmica, o tema já virou alvo de diversas discussões envolvendo a empresa em mercados em que a corporação atua.
Na União Europeia, a marca foi acusada de estar restringindo terceiros de utilizar tecnologias importantes nos dispositivos que podem desenvolver novas soluções de carteira móvel.