Mastercard anuncia aumento nas taxas de transações online

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O anúncio gerou controvérsia entre representantes do setor (Getty Image)
O anúncio gerou controvérsia entre representantes do setor (Getty Image)
  • A empresa falou que pretende reajustar os valores cobrados

  • Comerciantes dizem que medida deve impactar os consumidores

  • Entidades pedem por revisão na decisão e ameaçam parar de aceitar a bandeira

Vai ficar um pouco menos vantajoso aceitar o pagamento de cartões Mastercard em transações virtuais. A empresa anunciou que vai aumentar a chamada “tarifa de intercâmbio” para transações via cartões de crédito e débito agora no mês de abril.

De acordo com associações e representantes do varejo e do setor de e-commerce, a mudança da operadora pode acelerar a inflação e reduzir o poder de compra do consumidor, uma vez que a diferença será repassada através do aumento do preço dos produtos.

A companhia prevê um aumento de 0,2% nas taxas para transações online feitas no crédito e até 0,5% nas feitas pelo débito, de acordo com informações obtidas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Uma projeção dos representantes da área diz que a medida deverá causar um impacto de ao menos R$ 604 milhões ao ano para o setor de e-commerce.

Entidades se manifestam contra o reajuste

Para tentar conter o aumento, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) elaborou uma notificação extrajudicial para a operadora de cartões. A Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (ABAAS) também assinou um ofício, alertando a Mastercard sobre o aumento nas tarifas.

Essas não foram as únicas entidades que se manifestaram. Outras associações ligadas ao setor, como Conecta, Câmara-e.net, Abipag e Abranet, também se disseram contrárias. Para isso, foi elaborada e uma carta à administração da Mastercard para reclamar do aumento nas tarifas cobradas.

No texto, os representantes do setor de atacado dizem que o aumento da Mastercard é “inaceitável, abusivo, exorbitante e desproporcional”. Os representantes do setor dizem que que os comerciantes poderão “repensar” a utilização da bandeira nas vendas.