Marquinhos de Oswaldo Cruz faz show em Paris inspirado na presença negra no Rio de Janeiro

Seu nome é sinônimo de samba, não somente no Rio de Janeiro, mas no Brasil e no mundo. Cria da Portela e com diversos projetos sobre cultura negra e ancestralidade, Marquinhos de Osvaldo Cruz se apresenta nesta quinta-feira (18), em Paris, com o show “Uma África chamada Rio de Janeiro”.

Andréia Gomes Durão, da RFI

O artista explica que o show se inspira na forte presença da cultura negra no Rio de Janeiro, cidade que abriga o Cais do Valongo, principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, e que se tornou Patrimônio Mundial da Unesco em 2017.

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“O Rio de Janeiro foi a cidade que mais recebeu negros escravizados da humanidade e parte dessa diáspora foi feita também no território carioca, porque no início do século passado, na Reforma Pereira Passos, na tentativa de imitar Paris no Rio, toda essa população foi removida. A população de baixa renda, principalmente os negros, os judeus também, foram removidos para a periferia da cidade”, contextualiza o músico.

Mesmo seu nome, Marquinhos de Oswaldo Cruz, não traduz apenas uma origem geográfica, mas toda uma história do bairro tradicional do subúrbio do Rio de Janeiro, que foi determinante para sua trajetória como músico. Ele se refere ao bairro como “o Museu do Louvre de bens culturais imateriais”.


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