Mark MacGann: conheça o informante que está causando problemas ao Uber
- Opa!Algo deu errado.Tente novamente mais tarde.
- UBER
Mark MacGann, que foi lobista do Uber entre 2013 e 2017, é o informante que está tirando o sono da empresa
Apuração foi realizada com 124 mil documentos, obtidos inicialmente pelo jornal britânico The Guardian
Lobista reforçou que se arrepende de ter feito parte da empresa e traído a confiança de motoristas
A edição desta terça-feira do jornal The Guardian revelou o nome do informante que está tirando o sono do Uber: trata-se do irlândes Mark MacGann, que foi lobista da empresa entre 2013 e 2017.
MacGann, que é conhecido como um dos melhores profissionais da área na Europa, vazou informações que revelam lobby político, atitudes antiéticas da empresa e tentativas de mudar a lei. A apuração foi realizada com 124 mil documentos, obtidos inicialmente pelo jornal britânico The Guardian, que foram compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).
· Baixe o app do Yahoo Mail em menos de 1 min e receba todos os seus e-mails em 1 só lugar
· Assine agora a newsletter Yahoo em 3 Minutos
“A abordagem da empresa nesses lugares era essencialmente quebrar a lei, mostrar o quão incrível era o serviço da Uber e depois mudar a lei. Meu trabalho era passar por cima das autoridades da cidade, construir relações com o mais alto nível do governo e negociar. Foi também para lidar com as consequências", disse o lobista.
Em entrevista ao The Guardian, MacGann reforçou que se arrepende de ter feito parte da empresa e traído a confiança de motoristas, consumidores e elites políticas.
Entenda o caso
Uma investigação realizada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos aponta que a Uber teria usado estratégias eticamente questionáveis durante a expansão global. Essas ações podem ser potencialmente ilegais.
Nomeado como "Arquivos da Uber", o levantamento realizado por veículos midiáticos mostra que representantes da empresa aproveitaram a reação violenta de algumas pessoas do setor de táxis para obter apoios e driblar autoridades de fiscalização.
A empresa também teria feito lobby com governos para expandir a atuação, como no momento em que realizou um encontro com Emmanuel Macron, ministro da Economia entre 2014 e 2016, um aliado na França. A companhia esperava que o governo encorajaria os reguladores a serem menos 'conversadores'.
Sabia que você pode receber a restituição do Imposto de Renda por Pix? Saiba como
Veja como receber por pix os 'valores esquecidos' do Banco Central
As investigações apontam que as ações da Uber são ilegais e que, possivelmente, os executivos sabiam disso. O The Guardian aponta ainda que a empresa adotou táticas similares em países como Bélgica, Holanda, Espanha e Itália.
A companhia estaria utilizando os ataques violentos como meio de influenciar a opinião pública. A apuração diz que "em alguns casos, quando os motoristas eram atacados, os executivos da Uber reagiam rapidamente para capitalizar" na busca de apoio regulatório e público.
Outro ponto denunciado foi o trabalho da corporação para evitar investigações regulatórias, aproveitando as vantagens tecnológicas.