Mais de R$ 3 milhões foram gastos em motociatas de Bolsonaro
(Foto: Alan Santos/ PR)
Motociatas de Bolsonaro já custaram, ao menos, R$ 2,8 milhões aos cofres públicos
Quantia corresponde a apenas cinco dos 12 eventos atendidos pelo presidente
Só em São Paulo, os custos com segurança ultrapassam R$ 1,2 milhão
As motociatas de Jair Bolsonaro (sem partido) deram prejuízo de ao menos R$ 2,8 milhões aos cofres públicos. Estima-se, no entanto, que a quantia total seja muito maior, já que esta corresponde a apenas cinco dos 12 eventos que tiveram a participação do presidente.
As informações foram obtidas por meio de um levantamento realizado pela Folha de S. Paulo que contou com mais de 30 pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação. A soma leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal e os custos que os estados tiveram para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro.
São Paulo é onde ocorreu o maior número de motociatas. Segundo a Secretaria de Segurança do estado, cerca de R$ 1,2 milhão foi gasto nos eventos, que contou com 1.433 policiais e atuação de batalhões como Choque, Baep, Canil, além do Corpo de Bombeiros e do Resgate.
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Estrutura e pagamentos das motociatas
Também foram utilizados dez drones, cinco aeronaves e cerca de 600 viaturas. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é um dos maiores desafetos políticos de Bolsonaro e pode ser seu rival nas eleições presidenciais do ano que vem.
Em agosto, Doria disse que “não é obrigação do governo do estado de São Paulo fazer segurança de motociatas sem que o custo seja suportado por quem as organiza e as promove”, e alertou que o presidente seria cobrado caso quisesse realizar novos eventos.
Com relação aos gastos no cartão de pagamento do governo federal, foram mais de R$ 231 mil só no dia 23 de maio, na motociatas que aconteceu no Rio de Janeiro. Em 12 de junho, em São Paulo, os custos ultrapassaram R$ 476 mil. Na viagem a Chapecó (SC), 14 dias depois, R$ 450 mil foram usados e, segundo a Presidência, conforme apurou a Folha, os eventos em Brasília não tiveram gastos adicionais.
Não foi possível confirmar os detalhes das despesas porque as informações foram classificadas como confidenciais.