Médicos alertam para riscos da semaglutida, 1º remédio para obesidade no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, neste início de janeiro, o uso de semaglutida para o tratamento de obesidade e sobrepeso quando prejudiciais à saúde. Criada como uma medicação voltada para diabetes tipo 2, ela aumenta a sensação de saciedade, facilitando dietas e esforços terapêuticos. Ela é aplicada via injeção, em forma de caneta, como a insulina.
Anvisa aprova 1º tratamento injetável para obesidade no Brasil
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Obesidade e sobrepeso afligem mais de 50% dos adultos brasileiros, podendo acarretar comorbidades e problemas de saúde dos mais diversos. O uso da nova medicação vem para auxiliar no tratamento a essas condições, mas deve ser aliado a outras estratégias terapêuticas, como exercícios e planos alimentares — mesmo podendo diminuir o peso do paciente em até 17%, a substância não é mágica, assim como qualquer outro remédio.
Indicações para o uso
Antes da aprovação da Anvisa, o medicamento podia ser prescrito pela conta e risco dos médicos, já que estava presente no mercado, mas para tratamento exclusivo de diabetes. Mesmo agora, a recomendação de uso não é para qualquer paciente que queira perder peso, mas sim pessoas cujo sobrepeso — ou seja, com índice de massa corporal (IMC) acima de 27 — ou obesidade — com IMC acima de 30 — impacte consideravelmente a saúde.
Para quem não está acima do peso, mas ainda quer utilizar o medicamento, os médicos alertam que ele pode até ser eficiente no emagrecimento, mas cessando o uso, os quilos perdidos retornarão. Por isso, enfatiza-se o acompanhamento médico para qualquer intervenção alimentar ou corporal nesse sentido, especialmente o de um nutricionista.
Preço e efeitos colaterais
A semaglutida deve chegar às farmácias no segundo semestre deste ano, e não precisará de receita médica para ser adquiridao. O preço não foi divulgado até o momento, mas cálculos baseados na precificação no exterior e venda por empresas privadas deixam esse valor em um patamar pouco acessível ao brasileiro médio: cada caneta da medicação custa quase R$ 1, e não há previsão para chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Os efeitos colaterais sentidos por alguns pacientes incluem enjoo e até vômitos em casos mais graves, normalmente passando após alguns dias de uso, mas há casos mais severos, onde é necessário parar com o tratamento. O acompanhamento médico ainda é altamente recomendado, já que riscos à saúde existem.
Ao receber anestesia geral, por exemplo, há um risco grande do usuário da semaglutida vomitar e acabar broncoaspirando, causando problemas pulmonares graves. Nesse caso, cuidados hospitalares extras são recomendados. Em questão de contraindicações, pacientes com hérnia de hiato e refluxo gastroesofágico não devem fazer uso da medicação.
Fonte: Canaltech
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