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Lula pede vigilância sobre BC de agentes que podem tirar Campos Neto do cargo

*ARQUIVO* BRASILIA, DF,  BRASIL,  19-01-2023, 12h00: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado dos ministros Camilo Santana (Educação), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Rui Costa (Casa Civil), durante reunião com reitores de Universidades e Institutos Federais, no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
*ARQUIVO* BRASILIA, DF, BRASIL, 19-01-2023, 12h00: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado dos ministros Camilo Santana (Educação), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Rui Costa (Casa Civil), durante reunião com reitores de Universidades e Institutos Federais, no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (7), que não quer criar confusão com o BC (Banco Central), mas cobrou vigilância dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) e de senadores da República.

Haddad e Tebet integram com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão que pode encaminhar ao presidente da República o pedido de destituição do chefe da autoridade monetária em caso de "comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos" da autarquia, de acordo com a a lei que criou a autonomia do BC.

Já ao Senado cabe aprovar essa troca de nomes, se receber o pedido do chefe do Executivo.

A fala de Lula ocorre na esteira de uma sequência de críticas à instituição, desde que o Copom (Comitê de Política Monetária), na semana passada, manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva, na primeira reunião desde que o presidente Lula tomou posse.

"Naquele tempo, era fácil jogar a culpa no presidente da República. Agora, não. A culpa é do Banco do Central. Agora, é o Senado que pode trocar o presidente do Banco Central", disse.

"Eu espero que o [Fernando] Haddad esteja acompanhando, a Simone [Tebet] esteja acompanhando e que ele próprio esteja acompanhando a situação do Brasil", completou.

A declaração do presidente foi dada durante café da manhã com jornalistas da "mídia independente e alternativa", ocorrido no Palácio do Planalto. Em 12 de janeiro, ele já havia realizado um primeiro encontro com a imprensa.

Lula cobra dos senadores providência quanto ao Banco Central e ao presidente Roberto Campos Neto, uma vez que ele próprio não tem gerência sobre o mandato do dirigente. Isso ocorre desde que a autoridade monetária tornou-se independente, em 2021 -medida que o petista critica.

"Acho que o Senado tem que ficar vigilante. Porque eu lembro quantas críticas eu recebia da Fiesp toda vez que aumentava a taxa de juros, eu lembro quantos os senadores faziam discurso contra mim quando aumentava a taxa de juros. Ele agora não tem mais que cobrar de mim, da Presidência da República, sobre a taxa de juros, eles têm que cobrar deles", disse o petista.

O chefe do Executivo também se referiu a Roberto Campos Neto como "cidadão", disse só ter estado com ele apenas uma única vez e ressaltou, de forma indireta, a proximidade dele com o governo do antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

"E vamos ver como o BC se comporta. Eu só tenho um mês de convivência com ele [RCN], ele teve não sei quanto tempo de convivência com o [Paulo] Guedes", prosseguiu.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o entorno do mandatário considera que Campos Neto queimou pontes com o governo petista e reduziu suas chances de influenciar a indicação de novos diretores da autarquia.

Lula vem intensificando as críticas à atuação do Banco Central nas últimas semanas. O tensionamento na relação com o chefe da autoridade monetária ocorre após o BC ter mantido os juros em patamar elevado pela quarta vez seguida e em meio a um escalonamento nas críticas de Lula à instituição.

A avaliação de integrantes do governo Lula é de que Campos Neto foi inábil com as decisões do Copom e o tom do último comunicado -no qual sinalizou a manutenção da Selic no nível atual por mais tempo. Na visão de aliados do Planalto, houve uma confusão de autonomia do BC com isolamento.