Luiza Trajano vê fortuna despencar; entenda os motivos

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Luiza Trajano
Empresária possui cerca de US$ 1,4 bilhão (R$ 6,5 bi).

(Igor Do Vale/NurPhoto via Getty Images)

  • Fortuna de Luiza Trajano despenca quase dois terços;

  • Motivo está relacionado à queda de valor de mercado da Magalu;

  • Familiares também deixaram a lista da Forbes dos mais ricos.

A fortuna de Luiza Trajano, fundadora do Magazine Luiza e uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, despencou significativamente no último ano. Somente no segundo semestre de 2021, ela perdeu mais de dois terços de seu patrimônio líquido.

Antes, a empresária possuía cerca de US$ 5,3 bilhões (R$ 24,5 bi), quantia que se reduziu a US$ 1,4 bilhão (R$ 6,5 bi). Segundo a Forbes, o motivo está relacionado à queda de valor de mercado da Magalu, cujas ações caíram cerca de 75% no ano passado.

A má sorte, inclusive, parece não ter afetado somente a bilionária como também alguns de seus familiares. Fernando e Gisele Trajano, seus sobrinhos-netos, deixaram a lista da Forbes neste ano e não fazem mais parte dos mais ricos do mundo.

Ainda assim, a família segue em berço de ouro. Estima-se que a fortuna dos Trajano alcance US$ 17 bilhões (R$ 79 bi), sendo que há outros bilionários no clã, como Franco Bittar Garcia, Flavia Bittar Garcia e Fabricio Garcia.

Por que as ações da Magalu seguem caindo?

Depois de desfrutar ‘tempos dourados’ na Bolsa de Valores – em que valorizou 35.000% em apenas cinco anos -, a Magalu encarou, de fato, um período de vacas magras. A pergunta que fica é:por que a ex-queridinha dos investidores agora traz preocupações?

Primeiro, é preciso entender que o período em que a Magalu começou a sofrer corresponde ao terceiro trimestre de 2021. Na época, a varejista teve alta de 12% nas vendas, mas queda de quase 90% no lucro ajustado (R$ 22,5 milhões).

O cenário macroeconômico, afetado pelo aumento da inflação – que fechou em 10,06% no ano passado –, teve impacto sobre a Magalu, especialmente porque mais da metade de suas vendas vêm de eletrodomésticos e eletrônicos. Com os preços de combustíveis e alimentos lá em cima, os brasileiros passaram a comprar menos esse tipo de item.

Além disso, conforme apontado pela Exame, a concorrência com outras empresas, como Via e Americanas, ficou mais acirrada, além da entrada forte de multinacionais como Mercado Livre, Shopee, Alibaba e Amazon.