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Efeito Americanas pressiona lucro do Itaú no 4º tri, mas previsões animam

Unidade do Banco Itaú

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) -O Itaú Unibanco teve lucro abaixo das projeções do mercado para o quarto trimestre de 2022, após uma provisão extra para perdas com calotes semanas após a Americanas ter pedido recuperação judicial.

As previsões de desempenho do maior banco da América Latina para 2023, porém, animaram analistas.

O Itaú informou nesta terça-feira que seu lucro recorrente de outubro a dezembro somou 7,668 bilhões de reais, alta de 7,1% sobre mesma etapa de 2021, mas abaixo da estimativa média de analistas consultados pela Refinitiv, de 8,24 bilhões de reais. Em termos líquidos, o lucro de 7,356 bilhões de reais cresceu 18% no comparativo anual.

Um dos fatores que pesaram na última linha do resultado foi o aumento das provisões para perdas esperadas com inadimplência, que fizeram o chamado custo do crédito dar um salto de 58,1% ano a ano, para 9,8 bilhões de reais.

No relatório, sem citar nomes, o banco mencionou "impactos provenientes de evento subsequente à data do fechamento relacionado a um caso específico de empresa de grande porte que entrou em recuperação judicial".

A Americanas pediu recuperação judicial no mês passado, com dívidas totais de mais de 40 bilhões de reais. Na semana passada, o Santander Brasil havia divulgado lucro abaixo da projeção de analistas pelo mesmo motivo.

Um "evento subsequente relacionado a um caso específico do segmento de grandes empresas... teve impacto de 1,3 bilhão de reais", disse o Itaú, em referência ao custo do crédito, acrescentando que isso cobre 100% da exposição ao caso citado.

Descontando efeitos fiscais, o impacto líquido dessa provisão na última linha do resultado foi uma queda de 719 milhões de reais no lucro. Ou seja, não fosse esse evento, o lucro recorrente teria vindo em linha com as projeções.

A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do Itaú no trimestre, de 19,3%, foi 0,9 ponto percentual menor na comparação anual.

A carteira total de empréstimos do banco, que fechou em 1,14 trilhão de reais, teve alta de 11,1% em 12 meses. Seu índice de inadimplência acima de 90 dias, de 2,9%, foi 0,1 ponto maior na base sequencial e 0,4 ponto acima do que um ano antes.

PREVISÕES

O Itaú também divulgou suas próprias projeções de desempenho para 2023, com expectativa de crescimento de 6% a 9% da carteira de financiamentos, de 13,5% a 16,5% da margem financeira com clientes, e de 7,5% a 10,5% das receitas com tarifas e serviços. O banco estimou ainda que o custo do crédito neste ano vai ser de 36,5 bilhões a 40,5 bilhões de reais. No ano passado, foi de 32,3 bilhões de reais.

Em relatório a clientes, a equipe do Citi liderada por Rafael Frade disse que, diante da piora das expectativas dos investidores nas últimas semanas para o setor bancário desde o caso Americanas, vê "o guidance alinhado ao consenso do Itaú como um bom indicativo, reafirmando bons resultados mesmo em um ano desafiador pela frente".

(Com reportagem adicional de Carolina Pulice e Peter Frontini; Edição de André Romani)