Lixo espacial: motor de foguete russo se rompe e gera mais detritos
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O motor de um foguete russo se rompeu na órbita da Terra, dando origem a mais lixo espacial ao redor de nosso planeta. De acordo com informações do 18º Esquadrão de Defesa Espacial dos EUA publicadas nesta terça-feira (3), o objeto se rompeu em abril, e 16 pedaços de detritos espaciais relacionados ao evento estão sendo monitorados. É possível que ainda leve algum tempo para os fragmentos reentrarem na atmosfera terrestre, onde serão incinerados.
Designado “#32398”, o objeto em questão era um dos motores de um foguete russo Proton, lançado em 2007 para levar três satélites GLONASS (sistema de navegação russo similar ao GPS) para o espaço. O estágio superior do veículo lançador tinha dois motores, utilizados para acelerar levemente o componente e, assim, garantir a posição correta do combustível nos tanques para acionamentos posteriores já no espaço.
Yet another Russian SOZ ullage motor has disintegrated in high orbit. This one is from the 2007 launch of three Glonass navigation satellites. https://t.co/ptavAE8Rw7
— Jonathan McDowell (@planet4589) May 3, 2022
No caso do objeto, o estágio superior do foguete Proton tinha motores SOZ, sigla para “Sistema Obespecheniya Zapuska” (ou “sistema de garantia de lançamentos”, em tradução literal). “Os motores SOZ não usam todo o propelente quando são acionados e têm o mau hábito de se romper anos ou décadas depois, deixando detritos em uma órbita altamente elíptica”, disse Jonathan McDowell, astrofísico e rastreador de satélites.
Em sua órbita elíptica, o motor envolvido no evento está chegando a uma distância mínima de 388 km da Terra, e máxima de 19.074 km. Segundo McDowell, ainda deve demorar um pouco para os detritos espaciais reentrarem na atmosfera. “Este evento era previsível e é muito bem compreendido; mesmo assim, é uma pena”, observou, em um tuíte.
O lixo espacial é um problema preocupante para operadoras de satélites e agências espaciais — segundo a Agência Espacial Europeia, há cerca de 36.500 detritos com pelo menos 10 cm de extensão cada em órbita. No ano passado, a Rússia aumentou este número após realizar um teste de míssil antissatélite, quando destruiu um velho satélite soviético e espalhou uma nuvem de detritos pelo espaço.
Fonte: Canaltech
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