Lente gravitacional ajuda astrônomos a descobrirem massa de anã branca
Uma lente gravitacional ajudou uma equipe liderada por astrônomos da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, a determinar a massa de LAWD 37, uma anã branca a cerca de 15 anos-luz de nós. Através de dados do telescópio Hubble, eles descobriram que a anã branca tem pouco mais da metade da massa do Sol.
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As anãs brancas são formadas pelo núcleo que resta quando estrelas parecidas com o Sol esgotam suas reservas de combustível para a fusão nuclear. Até então, a massa destes objetos era medida quando estavam em sistemas binários: ao observar o movimento de uma anã branca e uma estrela vizinha, os astrônomos conseguiam calcular a massa delas.
O problema é que, em alguns casos, as medidas obtidas por este método podem acabar incertas — principalmente quando a estrela vizinha tem período orbital longo, de centenas ou até milhares de anos. No caso da LAWD 37, uma anã branca “solitária”, eles precisaram da ajuda de uma lente gravitacional causada por ela.
Através de dados da missão Gaia, da Agência Espacial Europeia, eles previram quando LAWD 37 iria passar na frente de uma estrela. Quando isso aconteceu, ela distorceu o tecido do espaço-tempo, desviando levemente a luz de uma estrela no fundo e causando uma pequena alteração em sua posição aparente. Depois, os autores usaram o telescópio Hubble por alguns anos para medir as mudanças de posição estrela.
A animação abaixo representa a "mudança" de posição da estrela causada pela anã branca:
Eles descobriram que a estrela tem 56% da massa do Sol, valor que está de acordo com previsões teóricas da massa da anã branca e das teorias atuais de como acontece a evolução delas. Para a equipe, os resultados representam uma oportunidade de previsões futuras com os dados da missão Gaia, e que permitam detecções com telescópios espaciais.
“A precisão da medida da massa de LAWD 37 nos permite testar a relação entre massa e raio para as anãs brancas”, disse ele. “Isso significa testar as propriedades da matéria sob as condições extremas dentro desta estrela morta”, finalizou. Agora, eles planejam continuar coletando medidas de lentes gravitacionais em diferentes tipos de estrelas.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Fonte: Canaltech
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