Líderes do G7 pedem à China que pressione Rússia contra invasão na Ucrânia; país presta queixa
Reunidos em Hiroshima, no Japão, os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Canadá) divulgaram um comunicado neste sábado (20), pedindo à China que "faça pressão sobre a Rússia" para colocar um fim na invasão à Ucrânia.
No texto, os líderes do G7 exigem ações diretas na China na solução do conflito. "Pedimos à China que faça pressão sobre a Rússia, para que o país coloque fim à agressão militar e retire, de forma incondicional e imediata, suas tropas da Ucrânia", diz o comunicado. Neste contexto, os líderes do G7 também decidiram reforçar as sanções contra a Rússia, aliada de Pequim.
Os líderes também pedem à China que "não realize atividades de ingerência" em seus países-membros, e demonstra "preocupação" pelos direitos humanos, "especialmente no Tibete e em Xinjiang". Também cita a situação no Mar do Sul da China e acusa Pequim, indiretamente, de "coerção". Os dirigentes dos sete países ainda ressaltam "a importância da paz e da estabilidade" no estreito de Taiwan.
China presta queixa
"O G7 está obstinado em manipular as questões relacionadas com a China. Desacredita e ataca a China", lamentou um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, expressando a "firme oposição" de Pequim. "A China manifesta seu forte descontentamento e sua firme oposição, e apresentou uma queixa oficial ao Japão, país que recebe a cúpula, e às outras partes envolvidas", acrescentou.
Zelensky busca apoio
A presença do chefe de Estado ucraniano em Hiroshima "poderia mudar o jogo" para Kiev, afirmou o presidente francês Emmanuel Macron.
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