Justiça autoriza leilão de R$ 1,6 bilhão que pode tirar Eike Batista do sufoco
Eike já foi considerado o homem mais rico do Brasil
Ele perdeu grande parte da fortuna e foi condenado pela Justiça
Um leilão pode ajudar o empresário a se recuperar financeiramente
Depois de 10 anos, Eike Batista e pode dar a volta por cima. Após ser considerado o sétimo homem mais rico do mundo, ele passou por um período conturbado com passagem pela prisão e falência de quase todas as empresas.
Nesta semana será lançado um edital para a venda do último ativo de valor de Eike. As debêntures emitidas pela mineradora Anglo American são estimadas em até meio bilhão de dólares. O lance mínimo será e US$ 350 milhões, o equivalente a pouco mais de R$ 1,6 bilhão.
Na prática, uma debênture é um título de dívida emitido por empresas que oferecem crédito aos investidores, que, em troca, recebem rendimentos futuros.
Com a autorização concedida pela juíza Claudia Batista, da 1ª Vara Empresarial de Minas Gerais, o banco BR Partners será o responsável por arranjar interessados no ativo nos próximos 30 dias.
Até o momento, a única oferta realizada veio do C Group, sediado em Nova York. Ele é comandado pelo brasileiro Renato Costa. A empresa tem direito a preferência por já ter manifestado interesse.
Caso as debêntures sejam vendidas pelo valor mínimo, o ex-bilionário poderia levantar a falência da MMX, pagar a multa de R$ 850 milhões à justiça e ainda ficar com dinheiro em caixa.
Relembre o que aconteceu com Eike
O empresário já foi considerado o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões (R$ 142 bilhões), e disse que se tornaria o mais rico do mundo até 2015.
Em 2013 ele perdeu o posto para Jorge Paulo Lemann, dono de marcas como Ambev e Burger King. No lugar, ele ganhou o título de "maior perdedor do ano", segundo a revista "Forbes", com perdas de US$ 2 milhões por hora (R$ 9 milhões)
As empresas "X", do grupo de Eike não cumpriram com o cronograma e deixaram de atingir metas. Isso preocupou o mercado e fez com que as ações passassem a cair na bolsa, diminuindo o patrimônio do ex-bilionário.
Em 2013, o empresário saiu do do ranking dos 15 mais ricos do país da Forbes Brasil. Depois, a Forbes internacional estimou que ele havia deixado de ser bilionário (pelo menos em dólares).
Posteriormente, a 3ª Vara Federal Criminal do Rio condenou Eike Batista a 11 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de manipulação do mercado de capitais e uso de informação privilegiada.