Por Bill Trott

(Reuters) - Jim Brown, um dos maiores running backs da história da liga de futebol americano dos Estados Unidos (NFL), que deixou o esporte no auge da carreira para atuar em filmes de Hollywood e dar voz ao movimento pelos direitos civis, morreu aos 87 anos.

Brown, que enfrentou acusações de violência contra mulheres ao longo das décadas, embora nunca tenha sido condenado, morreu na noite de quinta-feira, disse sua esposa, Monique Brown, no Instagram.

"Para o mundo, ele era um ativista, ator e estrela do futebol. Para nossa família, ele era um marido, pai e avô amoroso e maravilhoso. Nossos corações estão partidos", afirmou.

Josh Peter, escrevendo no USA Today em abril de 2021, disse que Brown era "considerado um dos maiores jogadores de futebol americano da história e foi elogiado por seu ativismo e liderança na comunidade negra. Mas há o lado mais preocupante envolvendo mulheres e suposta violência."

Brown disse que se arrependia de alguns de seus comportamentos passados. "Isso aconteceu, e eu me arrependo daqueles momentos", disse ele em sua autobiografia de 1989, referindo-se a episódios de agressão contra mulheres.

Como um fullback explosivo para o Cleveland Browns, ele combinava força, velocidade, intensidade e tamanho de uma forma nunca antes vista na NFL, desde que entrou para a liga em 1957.

Ele liderou a NFL em jardas corridas em oito de suas nove temporadas e foi eleito o jogador mais valioso da liga quatro vezes. Ele detinha 20 recordes da liga quando se aposentou aos 30 anos, incluindo mais jardas e touchdowns de corrida. Em 1999, o Sporting News colocou-o no topo da lista dos 100 maiores jogadores da NFL no século XX.

(Reportagem de Bill Trott; reportagem adicional de Matthew Lewis, Paul Grant e Brendan O'Brien)