Itália vai oferecer benefício social de R$ 1,1 mil por filho
Objetivo do programa é estimular as famílias a terem mais filhos
Todos cidadãos legalmente residentes na Itália podem se inscrever
Projeto vem para substituir os antigos benefícios familiares do país
Nesta quinta-feira (18) o governo da Itália passou um decreto que estabelece um novo programa de redistribuição de renda no país. A partir de agora cada família ganhará um valor de até 175 euros (R$ 1,1 mil) por filho menor de idade.
A quantia que cada família irá receber será calculada de acordo com o ISEE (Indicador de Situação Econômica Equivalente), famílias com um ISEE inferior a 15 mil euros ganharão 175 euros por filho.
Conforme o Indicador for crescendo o valor pago vai diminuindo, até chegar no valor base de 50 euros (R$ 314) para famílias com ISEE acima de 40 mil euros.
O ISEE é um medidor da condição de vida da família que toma como base a renda anual familiar e o patrimônio acumulado.
O programa social vai abranger todas as pessoas que residem legalmente na Itália, até mesmo os imigrantes. Além disso, o programa contará com bônus especiais para determinadas categorias, como mães menores de 21 anos (20 euros a mais por filho), filhos deficientes (de 85 a 105 euros a mais).
Por fim, o programa social também prevê valores extras caso a família tenha três filhos ou mais. Uma família com quatro filhos poderá receber até mil euros por mês (R$ 6,3 mil) caso comprovem baixa renda e os dois pais trabalhem.
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Substituição dos programas antigos
Atualmente já está em vigor um programa similar na nação italiana. A diferença é que o atual somente contempla famílias de baixa renda, com ISEE até 50 mil euros.
O novo benefício será destinado a todas famílias e substituirá todos os outros auxílios familiares dado pelo governo.
As inscrições começam no dia 1º de janeiro, e o programa entrará em vigor em março de 2022.
Estímulo à natalidade
Além de ser um programa de distribuição de renda, o objetivo do programa é também estimular a natalidade do país, que vem caindo há seis anos seguidos.
Em 2020 foram apenas 404,1 mil nascimentos registrados no país, número mais baixo já catalogado pelo governo.
Segundo o governo italiano, o programa deverá custar cerca de 15 milhões de euros em 2022, e poderá chegar a 20 milhões até o fim da década.
"O pagamento único universal é uma grande reviravolta", afirmou a ministra das Deficiências da Itália, Erika Stefani.