Israel: visita de ministro à Esplanada das Mesquitas é "provocação", afirmam a Jordânia e o Hamas

© Administration du mont du Temple, via AFP

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, esteve neste domingo (21) na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha de Jerusalém, o terceiro local mais sagrado do Islã. A visita, a segunda desde janeiro, foi criticada pela Jordânia e o movimento Hamas.

Alice Froussard, correspondente da RFI em Jerusalém

Desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, um acordo prevê que os não-muçulmanos possam visitar a Esplanada, onde ficam as mesquitas Al Aqsa e Domo da Rocha, apenas em determinadas horas do dia. Os judeus também não têm o direito de rezar no local e costumam ir até o Muro das Lamentações.

O Monte do Templo também é sagrado para o Judaísmo, já que a mesquita Al Aqsa foi construída sob as ruínas do Templo do rei Salomão, destruído pelos romanos por volta dos anos 70 d.C.

Durante a visita, o ministro israelense foi escoltado por policiais e nenhum incidente foi registrado. "As ameaças do Hamas não vão nos dissuadir. Jerusalém é nossa alma", escreveu o ministro em sua conta no Telegram.

O ministro foi indiciado mais de 50 vezes por incitação à violência e discursos de ódio, além de ser condenado em 2007 por apoio a grupo terrorista e incitação ao racismo.

O ministro de extrema direita pretende afirmar a soberania israelense no local, poucos dias depois das "Marcha das Bandeiras" ou "Dia de Jerusalém", que gerou polêmica. "Jerusalém é nossa para sempre", afirmou Ben Gvir, presente durante a marcha, na quinta-feira.

Palco de conflitos

A Esplanada das Mesquitas é, com frequência, palco de tumultos entre israelenses e palestinos.

(RFI e AFP)


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