Irão liberta trabalhador humanitário belga
O trabalhador humanitário belga Olivier Vandecasteele, de 42 anos, detido no Irão durante 455 dias, foi libertado e está de regresso à Bélgica, anunciou o primeiro-ministro Alexander de Croo.
"Ontem à noite, Olivier foi levado para Omã, onde foi assistido por uma equipa de soldados e diplomatas belgas. Esta manhã foi submetido a uma série de exames médicos para avaliar o seu estado de saúde e permitir-lhe regressar nas melhores condições possíveis", declarou o chefe do governo belga.
"Se tudo correr como planeado, ele estará connosco esta noite. Finalmente em liberdade", acrescentou.
O trabalhador humanitário foi condenado a um total de 40 anos de prisão e 74 chicotadas, por alegada espionagem contra o Irão, cooperação com os Estados Unidos, contrabando de moeda e branqueamento de capitais.
As acusações e as condições de detenção foram descritas como "arbitrárias", "maus tratos" e uma "violação flagrante do direito internacional" por um grupo de peritos das Nações Unidas, num relatório divulgado em janeiro.
Troca de prisioneiros leva à libertação de condenado por terrorismo
A sua libertação foi possível na sequência de uma troca de prisioneiros entre o Irão e a Bélgica, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã, em comunicado, informação entretanto confirmada pelo governo do Irão.
"Asadullah Esadi, o diplomata inocente do nosso país, que esteve ilegalmente detido na Alemanha e na Bélgica durante mais de dois anos contra o direito internacional, está agora a regressar à sua terra natal e em breve entrará no nosso querido Irão. Agradeço ao Sultanato de Omã pelos seus esforços positivos neste sentido", refere um comunicado iraniano.
Esadi tinha sido condenado a 20 anos de prisão, em 2021, por ter planeado um atentado bombista falhado contra um grupo da oposição iraniana em Paris (França).