Irã liberta dois franceses detidos por espionagem e atentado contra a segurança nacional
O presidente francês e a ministra das Relações Exteriores do país anunciaram nesta sexta-feira (12) que o francês Benjamin Brière e o franco-irlandês Bernard Phelan, que estavam detidos em uma prisão em Mashhad, no nordeste do Irã, foram libertados. Eles eram acusados pelo regime de Teerã dos crimes de espionagem e atentado contra a segurança nacional.
Brière, de 37 anos, alega ser um turista e foi preso em maio de 2020, acusado de espionagem. Em fevereiro passado, ele foi absolvido do crime, depois de fazer uma greve de fome por mais de um mês, mas permanecia atrás das grades. Já Phelan, de 64 anos, consultor de turismo, foi detido em 3 de outubro de 2022 acusado de atentar contra a segurança nacional iraniana. Os dois homens, que sempre clamaram inocência, foram libertados por motivos humanitários: o estado de saúde deles piorou consideravelmente nos últimos meses.
"Livres, finalmente. Benjamin Brière e Bernard Phelan encontrarão seus entes queridos. É um alívio. Saúdo sua libertação. Obrigado a todos aqueles que trabalharam para este resultado", comemorou o presidente Emmanuel Macron, em um tuíte.
A chefe da diplomacia francesa, Catherine Colonna, disse em um comunicado à imprensa que, durante uma conversa na manhã de sexta-feira com o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian, "lembrou a determinação da França para que os outros cidadãos franceses ainda detidos no Irã rapidamente recuperem sua plena liberdade e beneficiem do seu direito à proteção consular".
A pesquisadora franco-iraniana Fariba Adelkhah, presa em junho de 2019 e depois condenada a cinco anos de prisão por atentar contra a segurança nacional, foi libertada em 10 de fevereiro, mas por enquanto não pode deixar o território iraniano.
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