Investidores consideram apostas em corte de juros de emergentes
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(Bloomberg) -- Investidores repensam a principal estratégia para mercados emergentes no início do ano: apostar no aumento de juros de curto prazo à medida que a disparada da inflação forçava bancos centrais a agir.
Com os mercados financeiros globais se voltando para como tirar proveito de um ambiente recessivo, gestores dizem que o mundo em desenvolvimento oferece algumas das melhores oportunidades para lucrar com a queda dos rendimentos de títulos. Parte do atrativo é porque as moedas dos mercados emergentes foram castigadas por um fortalecimento do dólar, que começou a se enfraquecer em meio a sinais de desaceleração econômica.
No primeiro semestre, o posicionamento predominante se concentrou em aumentos de juros em meio a expectativas de que os bancos centrais seriam mais agressivos diante da política de aperto monetário do Federal Reserve e inflação crescente. Agora, os investidores estão começando a ver valor nas apostas de que as economias em desenvolvimento terão que começar a cortar juros para evitar uma recessão.
“Há muito prêmio de risco nas curvas de emergentes”, disse. Jens Nystedt, gestor sênior da Emso Asset Management em Nova York. “É o pico da inflação e uma desaceleração global, mas acima de tudo, o prêmio de risco excessivo. O México se destaca junto com a Europa Central e possivelmente a África do Sul.”
O JPMorgan está gradualmente deixando apostas que lucram com o aumento das taxas de juros em países emergentes da Ásia, como Malásia e Coreia do Sul, bem como no Brasil.
Investidores em todo o mundo consideram assumir mais riscos com juros, com base na visão de que os títulos foram atingidos com força suficiente e que as taxas de prazo mais longo têm espaço para cair. Os mercados emergentes ofereceriam uma vantagem extra, que é o prêmio de risco alto nas curvas de títulos e taxas.
“A caminho de recessões ou desaceleração do crescimento global, geralmente as taxas locais são a classe de ativos macro de emergentes com melhor desempenho, e de fato vimos isso claramente no acumulado do ano” disse Davide Crosilla, estrategista do Goldman Sachs.
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