Inundações custarão R$ 76 bilhões para empresas nos EUA em 2022
Efeitos climáticos têm influencia direta nesses gastos
Custos para prevenção devem aumentar até 2052 segundo projeção
Estimativa é que os danos causados pelas enchentes aumente consideravelmente
A drástica mudança climática não traz efeitos negativos apenas aos países emergentes, em desenvolvimento. Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas poderão ter de enfrentar custos coletivos de mais de R$ 76 bilhões (US$ 13,5 bi) em 2022, associados aos danos causados pelas enchentes. Isso porque cerca de 730 mil lojas, escritórios e edifícios residenciais podem ser atingidos por inundações no próximo ano.
De acordo com um novo estudo da First Street Foundation - um grupo de pesquisa e tecnologia sem fins lucrativos que se concentra no risco climático -, a tendência é isso ficar cada vez maior, à medida que a mudança climática exacerba a gravidade das tempestades e o aumento do nível do mar causa enchentes até mesmo nas cidades do continente.
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Gastos devem aumentar
Os danos estruturais das enchentes que devem atingir essas propriedades tendem a aumentar. Se para o próximo ano o valor estipulado é de R$ 76 bilhões, para 2052 - conforme os efeitos do clima severo aumentam, de acordo com as informações disponibilizadas pelo estudo da First Street - os custos devem chegar a cerca de R$ 95 bilhões (US$ 16,9 bi).
“Os negócios precisam de consistência e previsibilidade para planejar, investir e expandir suas operações e permitir que as comunidades prosperem”, disse Matthew Eby, fundador da First Street Foundation e pessoa por trás deste estudo - feito em parceria com a empresa de engenharia comercial Arup.
Aumento de danos pode ser de 30% até 2051
“Estamos demonstrando que as empresas americanas e as economias locais enfrentam muito mais incerteza e imprevisibilidade no que diz respeito ao impacto potencial das enchentes em seus resultados financeiros do que podem imaginar”, acrescentou Eby.
O estudo descobriu que os danos causados por enchentes em edifícios comerciais podem resultar em 3,1 milhões de dias de operação comercial perdida no próximo ano - devido ao tempo de inatividade durante os reparos. Espera-se que isso cresça quase 30%, para mais de quatro milhões de dias por ano até 2051, de acordo com as informações publicadas.
Problemas para a economia
Espera-se que esse tempo de inatividade prejudique as economias locais dos EUA. A perda de produtividade deve custar ao país quase R$ 283 bilhões (US$ 50 bi) no próximo ano e promete crescer 26,5%, para R$ 357 bilhões (US$ 63,1 bi) em 2052 “devido ao agravamento dos riscos de enchentes associados às mudanças climáticas”, de acordo com o estudo.