Inteligência artificial reconhece padrões de fala de autistas em diferentes idiomas

Pesquisadores dizem que crianças com autismo geralmente falam mais devagar (Getty Image)
Pesquisadores dizem que crianças com autismo geralmente falam mais devagar (Getty Image)
  • Estudo aponta que inteligência artificial pode ajudar no diagnóstico do autismo

  • Pesquisadores utilizaram recurso de aprendizado de máquina na pesquisa

  • Tecnologia poderia ajudar em soluções terapêuticas e no acompanhamento de resultados

É possível saber se uma pessoa tem autismo apenas pela fala? Os cientistas acreditam que sim. Uma pesquisa realizada pelos pesquisadores da Northwestern University usou aprendizado de máquina para identificar padrões de linguagem em crianças com a condição.

“Usando esse método, conseguimos identificar características de linguagem que podem prever o diagnóstico de autismo”, afirmou Lau, pesquisador de pós-doutorado que trabalha com Losh no Departamento de Ciências e Distúrbios da Comunicação de Roxelyn e Richard Pepper.

O estudo constatou que crianças com autismo geralmente falam mais devagar do que as crianças que não tem autismo. A diferença é percebida na entonação e no ritmo. Com o recurso de inteligência artificial, seria possível criar uma métrica para facilitar o diagnóstico.

“Quando você tem línguas que são tão estruturalmente diferentes, quaisquer semelhanças nos padrões de linguagem vistos no autismo em ambas as línguas são provavelmente traços fortemente influenciados pela propensão genética para o autismo”, disse Losh, que escreve o Jo Ann G. e é o Professor Peter F. Dolle de Dificuldades de Aprendizagem na Northwestern.

Através dos recursos descobertos durante a pesquisa, seria possível criar mecanismos que não apenas identificam o autismo como também para o desenvolvimento de ferramentas terapêuticas e de dispositivos que avaliam o progresso linguístico do orador.

“O próximo passo será identificar se essas diferenças de processamento no cérebro resultam nos padrões comportamentais observados aqui e na genética neural subjacente”. Estamos ansiosos para ver o que está por vir", reformou Lau.