Yahoo Finanças Intel reafirma que 14ª geração Meteor Lake estreia ainda em 2023
Apresentando o balanço financeiro do último trimestre de 2022 a investidores, a Intel reafirmou que pretende lançar a 14ª geração de processadores Meteor Lake, primeira da empresa para consumidores a adotar chiplets, ainda em 2023. Sem apresentar detalhes técnicos, a gigante também revelou que mantém os planos de apresentar os chips Lunar Lake em 2024, junto às próximas três famílias de CPUs Xeon para data centers, e trouxe novidades interessantes sobre as litografias Intel 20A e Intel 18A.
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Nesse tipo de apresentação, as companhias costumam trazer destaques de soluções em que estão trabalhando, incluindo atualizações de produtos que ainda não foram lançados. Entre os destaques mostrados pela Intel nesta quinta (26), a empresa reafirmou que pretende começar a fabricação em massa da 14ª geração de chips Meteor Lake na segunda metade de 2023.
Prazos mais precisos não foram dados, nem informações sobre aspectos técnicos dessas CPUs — a marca se limitou a dizer que a litografia Intel 4, que será utilizada na produção dos novos componentes, está pronta, enquanto a sucessora Intel 3, que traz melhorias importantes nas tecnologias implementadas, segue firme em desenvolvimento e está dentro do cronograma.
A 14ª geração Meteor Lake deve marcar um dos maiores saltos da Intel em anos, ao abandonar chips monolíticos, em que todas as estruturas estão concentradas em um único grande chip, para adotar os chiplets (chamados de tiles pela companhia), que dividem funcionalidades como processamento gráfico e de Inteligência Artificial em chips menores dedicados.
Também entre os destaques está a manutenção do plano de apresentar em 2024 a linha Lunar Lake, que supostamente deve compor a 16ª geração de CPUs. Há poucos detalhes sobre essas soluções, mas a promessa é a de que veremos uma microarquitetura totalmente renovada, feita do zero, sem reutilizar tecnologias das antecessoras. A eficiência energética deve ser o foco, proporcionando enormes ganhos em performance por Watt e possibilitando o desenvolvimento de "notebooks ultrafinos inovadores".
A Intel também trouxe novidades sobre o cronograma de lançamentos para o segmento de data centers e servidores, que deve ver a família Xeon Emerald Rapids estrear na segunda metade de 2023. Ao que se sabe, essa linha deve apenas trazer refinamentos e melhorias em comparação à 4ª geração Xeon Sapphire Rapids, lançada neste mês. Mais interessante é o planejamento para 2024, em que a gigante reforça que apresentará as famílias Granite Rapids e Sierra Forest.
Enquanto a primeira promete dar um grande salto de desempenho com novos núcleos de alto desempenho, a segunda marcará a estreia de uma linha voltada para segmentos como telecomunicações, que dependem de uma quantidade muito maior de núcleos por CPU. Para isso, a fabricante utilizará núcleos de alta eficiência, os E-Cores vistos em chips como o Core i9 13900K.
Intel Foundry Services ganha "grande cliente"
A Intel tem investido fortemente em se tornar uma rival direta para a TSMC com a Intel Foundry Services (IFS), divisão dedicada à fabricação de chips e outros tipos de semicondutores que passará a produzir em breve produtos de outras companhias, incluindo concorrentes da divisão de processadores da Intel. De acordo com o balanço divulgado, a IFS atingiu um recorde de crescimento, com novidades importantes.
A primeira delas é que uma nova cliente fechou acordo para produzir chips utilizando a litografia Intel 3. Provavelmente em virtude de contratos de confidencialidade, a companhia não divulgou quem seria essa cliente, indicando apenas se tratar de "uma líder de soluções de data center, computação de borda e nuvem".
Fora isso, os processos de fabricação Intel 20A e Intel 18A já tiveram projetos de testes da própria Intel e de uma "potencial grande cliente" atingindo a fase de tape out, em que o design dos circuitos foi finalizado e a produção de testes iniciada. Os processos seriam equivalentes a 2 nm e 1,8 nm, prometendo enormes avanços de desempenho e eficiência graças à adoção de um novo tipo de transistor, o GAAFET, já tendo como clientes confirmados a Amazon e a Qualcomm.
O ponto mais interessante revelado pelo balanço é que a IFS está testando projetos junto a "7 da 10 maiores clientes de fundições do mundo" — companhias conhecidas como "fabless", por não terem fábricas dedicadas para os chips. Isso não é uma garantia de que os projetos avançarão e serão lançados para os consumidores, mas reforça que gigantes do segmento já trabalham com a Intel, possivelmente estando entre elas Nvidia, IBM e até mesmo Apple e AMD.
Fonte: Canaltech
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