Insultos contra Vini Jr.: quais medidas são eficazes para combater o racismo no futebol?
Os insultos racistas contra o atacante do Real Madrid Vinicius Júnior, no último domingo (21), chocaram o mundo inteiro e trouxeram à tona, mais uma vez, a gravidade do preconceito racial no futebol. Pressionados pelo falta de reação, dirigentes esportivos têm o desafio de trazer soluções para esse problema, estrutural nas sociedades ocidentais, e que se tornou inerente ao futebol. A RFI consultou especialistas sobre a questão.
Daniella Franco, da RFI
"Macaco", "puto negro", "cachorro", "burro": Vini Jr. ouve esse tipo de ofensa desde outubro 2021, quando foi registrado o primeiro episódio racismo contra o atacante brasileiro, um ano após chegar ao clube merengue. As agressões se intensificaram nos últimos meses: em 26 de janeiro, um boneco representando o jogador foi pendurado pelo pescoço, simulando um enforcamento, em uma ponte de Madri.
Nesta quinta-feira (25), um tribunal espanhol anunciou que quatro torcedores acusados de crime contra a integridade moral e crime de ódio, detidos para interrogatório no início desta semana, foram responsabilizados pelo ato. Sob liberdade condicional, eles estão proibidos de se aproximar a menos de um quilômetro de qualquer estádio de futebol na Espanha em dia de jogo.
"Alguns torcedores já foram banidos nas mais diversas ligas no mundo, mas isso não tem efeito prático nenhum porque essas torcidas têm outras dezenas, centenas, milhares de torcedores que pensam e agem igual", observa o especialista.
Leia mais em RFI Brasil
Leia também:
Caso Vini Jr.: jogador francês do Valência critica inércia de dirigentes no combate ao racismo
Agressão a Vini Jr: Federação espanhola admite 'problema de racismo' e Real Madrid aciona Justiça
Federação Francesa de Futebol vai prestar queixa por ofensas racistas a seus jogadores