Instagram remove conta do Pornhub de sua plataforma
Meta e Instagram não se pronunciaram sobre a exclusão;
Site pornô tem atraído críticas por conteúdo ilegal publicado em sua plataforma;
VISA e Mastecard pararam de processar pagamentos no site em 2020.
O Instagram removeu a conta do Pornhub de sua plataforma em meio às crescentes pressões dos ativistas contra o site. A notícia foi dada pela primeira vez pela revista Variety.
De acordo com o portal, no momento de remoção a conta do site pornográfico na rede social tinha cerca de 13,1 milhões de seguidores e 6,2 mil publicações. O Pornhub também ainda opera contas populares em outras mídias sociais, como o Twitter.
Tanto o Instagram quanto a Meta, empresa controladora da rede social, ainda não declararam o motivo da exclusão da conta do Pornhub, embora ao tentar visitar a página do site apareça uma mensagem dizendo que a conta foi removida por violar as diretrizes da comunidade.
O site pornográfico tem recebido cada vez mais críticas por parte de organizações da sociedade, devido a sua inação em combater a disseminação de vídeos que contenham estupro, abuso sexial, tráfico sexual e pedofilia.
Em um comunicado postado no Twitter, Laila Mickelwait disse que o Instagram e o Meta tomaram a “decisão certa ao cortar os laços com o Pornhub” e que era hora de outras grandes empresas de tecnologia como Google, Amazon e Microsoft “seguirem o exemplo”.
Mickelwait é fundadora da campanha “TraffickingHub”, que visa “encerrar o Pornhub e responsabilizar seus executivos por permitir, distribuir e lucrar com estupro, abuso infantil, tráfico sexual e abuso sexual baseado em imagem criminosa”.
Apesar de posicionar como um ativista contra o tráfico sexual, críticos à sua organização apontam que o grupo mantém conexões com grupos cristãos evangélicos, que defendem o fim de todo trabalho sexual.
De acordo com o próprio site de Mickelwait, ela trabalhou anteriormente no Exodus Cry, um grupo cristão “abolicionista” que quer “acabar com a indústria do sexo” e lista o “TraffickingHub” de Mickelwait na seção “nossas campanhas” de seu site.
As críticas ao PornHub por facilitar a distribuição de material de abuso infantil aumentaram nos últimos anos, envolvendo seus parceiros de negócios e levando à renúncia de seu CEO e COO.
Em 2020, Visa e Mastercard pararam de processar pagamentos no PornHub devido à presença de “conteúdo ilegal” no site, embora isso não tenha impedido processos judiciais contra as empresas. Em agosto, no entanto, um juiz da Califórnia permitiu que um processo contra a Visa continuasse, argumentando que a empresa “pretendia ajudar a MindGeek a monetizar pornografia infantil”.
Em resposta às críticas, o PornHub tomou medidas como remover todo o conteúdo de usuários não verificados e remover uma função de download que permite que qualquer usuário baixe qualquer vídeo.