Influenciadores já se preparam para uma recessão, diz especialista Assil Dayri
Economistas de todo o mundo alertam que a recessão está próxima. Mas à medida que avançamos em direção a uma maior incerteza econômica, o marketing de influenciadores continuará sendo um diferencial importante para as marcas, de acordo com marketing especialista Assil Dayri “Espera-se que o marketing de mídia social resista à recessão iminente.”
O último relatório de tendências sociais prevê que a mídia social liderará os orçamentos de marketing em 2023, com os profissionais de marketing voltando-se para novas estratégias.
Os planejamentos das empresas para 2023 já consideram a iminente recessão. Os setores de marketing e mídias sociais seriam os primeiros a terem redução de recursos, embora os trabalhos realizados pelos influenciadores através desses canais ainda estejam em alta. Ou seja, mesmo com essa incerteza financeira, o investimento pode até diminuir, mas precisa ser inteligente já que o corte total não é uma opção.
Segundo o especialista Assil Dayri, o marketing de influenciadores é essencial para o consumidor, que também vai sentir os impactos dessa instabilidade econômica. Afinal, conforme essas dificuldades se instalam, mais o público recorre aos produtores de conteúdo que elas confiam para buscar referências de onde colocar o seu dinheiro com segurança. Assim, se torna essencial os serviços de resenha, review e indicação dessas personalidades.
“Em tempos econômicos difíceis, você não quer cometer nenhum erro ao selecionar os influenciadores com quem trabalha. Uma das grandes vantagens de trabalhar com influenciadores é que independente do tamanho da marca ou do público que você quer atingir, existem nano, micro ou macro influenciadores que são habilidosos em atingir aquele mercado alvo e podem trabalhar dentro do seu orçamento.” diz CEO do grupo AMD Consulting ,
Pesquisas recentes mostram que mais marcas estão obtendo sucesso com influenciadores menores, graças ao seu público hiper focado com interesses muito específicos. Como os influenciadores menores são vistos como mais genuínos e confiáveis, seus seguidores tendem a depositar mais fé no produto ou serviço.
Os consumidores também começam a ter menos confiança nos macros influenciadores, pois entendem quantos deles pensam mais no aspecto financeiro e não no valor que a transação traz para o público. Os influenciadores acabam trabalhando com as marcas que mais se dedicam à visibilidade das campanhas de influenciadores, em vez de trabalhar com as que oferecem os melhores produtos ou soluções.
O Instagram ainda lidera o espaço de marketing de influenciadores em termos de profissionais usando a plataforma, bem como a quantidade de budget que eles são investidos. Também se vê muito do conteúdo a ser postando no Instagram que vem a ser reaproveitado do TikTok.
Para se preparar para essas mudanças, os influenciadores precisam encontrar maneiras de tornarem o seu conteúdo relevante às empresas. Considerando o corte, é preciso que eles se mantenham no alto para serem escolhidos para representar as marcas.
“Ser fiel ao seu nicho e produzir um conteúdo de qualidade para ter uma imagem sólida, forte e realmente influente se torna essencial, porque as empresas realmente passarão a ser mais criteriosas na seleção.” comenta o especialista Dayri.
O lado positivo, é que essa vertente de trabalho continua em alta. Mesmo com a recessão, o mundo ainda precisa dos influenciadores. Dayri prevê que as marcas continuarão investindo no marketing de influenciadores em 2023, apesar da desaceleração econômica e dos orçamentos de marketing revisados. Estas parcerias com influenciadores ajudam a reduzir os custos gerais de marketing. A razão é que o conteúdo do influenciador é a forma mais barata de promover o próprio conteúdo de marca.