Inflação deixa festa junina mais cara neste ano
Ingredientes para quitutes da Festa Junina ficaram mais caros
Ao menos 27 produtos registraram alta no último ano
Milho, leite e farinha foram os que subiram mais de preço
Chegou a hora de colocar a camisa xadrez, colocar a canjica no fogo e preparar o quentão. Depois de dois anos de restrições sanitárias, os brasileiros finalmente vão matar a saudade de curtir a temporada de Festas Juninas.
Mas não é só o "olha a cobra" da quadrilha que está assustando o pessoal. Os pratos típicos do São João subiram mais do que a média da inflação deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os ingredientes das comidas e das bebidas aumentaram 13,12% nos últimos 12 meses, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou em 12.27% no mesmo período.
Um levantamento feito pelo economista da FGV Matheus Peçanha a pedido do jornal extra mostrou qausi alimentos devem pesar mais no orçamentos das famílias. O milho, estrela do cardápio, é um deles.
"O Brasil tem vivido choques climáticos sucessivos praticamente desde 2020. Nesse último choque, chuvas torrenciais nos meses de verão impactaram quase todas as culturas de hortifrutis", explicou o economista ao jornal.
O milho de pipoca ficou 20,95% mais caro. Já o leite longa vida subiu 18,03% e a farinha de trigo 16,78%. Madioca, fubá, ovos, batata-doce, queijo minas, leite condensado e linguiça foram outros produtos que registraram uma alta de mais de 10%.
Considerando 27 itens alimentícios da cesta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV), pelo menos 12 itens subiram acima da inflação. Apenas o leite de coco e o arroz ficaram mais baratos durante o último ano.