Índia confisca R$ 3,6 bilhões da Xiaomi por remessas ilegais
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Empresa chinesa é acusada de enganar receita indiana;
Xiaomi nega as acusações e diz trabalhar de acordo com leis locais;
Dois países vivem uma escalada de tensões e desentendimentos desde 2020.
O governo indiano confiscou R$ 3,6 bilhões (US$ 725 milhões) em ativos da Xiaomi após uma investigação apontar que a marca chinesa supostamente tinha feito remessas ilegais para entidades estrangeiras. A manobra fiscal foi revelada no último fim de semana e a Índia acusa a empresa de violar suas leis cambiais.
Segundo a receita da Índia, a Xiaomi enviou o equivalente a 55,5 bilhões de rúpias para três entidades sediadas no exterior usando como justificativa o pagamento de royalties.
"Uma das empresas beneficiadas é a própria controladora da marca na China, mas duas outras entidades não identificadas receberam parte do dinheiro nos Estados Unidos", disse o fisco indiano.
A empresa chinesa, por outro lado, rebateu as acusações. "Acreditamos que nosso pagamento de royalties e declarações bancárias são legítimas e verídicas. Esses pagamentos de royalties que a Xiaomi Índia fez foram para as tecnologias licenciadas e IPs usados em nossos produtos na versão indiana", disse.
"Estamos comprometidos a trabalhar de perto com as autoridades do governo para esclarecer qualquer mal-entendido", completou o comunicado da empresa de tecnologia.
China e Índia
Em dezembro, autoridades fizeram uma operação de busca e apreensão na sede da Xiaomi na Índia em outra investigação: uma suposta sonegação do imposto de renda.
Já em janeiro deste ano, a Índia exigiu que o braço local da fabricante chinesa de smartphones Xiaomi pague 6,53 bilhões de rúpias (R$ 500 milhões) em impostos de importação. A Diretoria de Inteligência da Receita conduziu uma investigação que levou à recuperação de documentos durante as buscas nas instalações da Xiaomi Índia.
Os dois países vivem uma escalada de tensões e desentendimentos desde o confronto entre soldados dos dois países na fronteira do Himalaia, em 2020. Recentemente, a Índia decidiu banir uma série de aplicativos chineses, incluindo a rede social de vídeos Tiktok.