Implantação do 5G no Brasil é adiada para setembro
O 5G demanda algumas alterações de sinais para funcionar
A internet poderá ser usada para diferentes dispositivos
Ao menos 16 capitais já têm a capacidade de ofertar a rede
Parece que os brasileiros precisarão esperar mais um pouco para ter uma internet melhor. O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a proposta do grupo técnico para estender até 29 de setembro o prazo para a entrada em operação da tecnologia 5G nas capitais do país.
A medida foi um pedido do grupo que coordena a implantação da internet 5G no país, o Gaispi. A organização é composta por representantes do Ministério das Comunicações e empresas vencedoras do leilão.
A organização defende que a a proposta não representa, necessariamente, o adiamento do 5G. Segundo informações divulgadas, isso apenas daria um prazo adicional para cumprimento das obrigações necessárias à ativação da tecnologia. Ou seja, locais com condições técnicas já poderia disponibilizar o sinal.
Uma nota divulgada pela Anatel explica que o conselho diretor aprovou o adiamento pela da falta de equipamentos para fazer a "limpeza da faixa" de 3,5GHz. Essa é uma transmissão também utilizada pelo sinal da TV parabólica. Para prevenir interferências, a TV aberta iria para outra faixa de frequência, deixando a 3,5GHz, disponível apenas para a internet.
O Ministério das Comunicações diz que 16 capitais brasileiras já fizeram a adequação legislativa para implementar o 5G ainda em julho. São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Fortaleza e Recife são algumas delas.
O que é o 5G?
O 5G é a quinta geração das redes móveis. A tecnologia vem sendo desenvolvida desde os anos 2000, para ser a sucessora da rede 4G. Ela promete maiores velocidades de conexão e download de dados, entre 600 Mb/s a até 2 Gb/s.
O sinal está sendo projetado para conseguir dar suporte a dispositivos inteligentes, como carros, semáforos, servidores de órgãos públicos, sensores especializados, equipamentos médicos, drones, equipamentos para funções especializadas e sistemas de segurança.
As redes 5G devem consumir até 90% menos energia que as redes 4G atuais enquanto o tempo de conexão entre aparelhos móveis devem ser inferiores a 5 ms (milissegundos). No 4G, a espera é de 30 ms.
Também aumenta a quantidade de número de aparelhos conectados por área, além de realizar um aumento drástico na duração da bateria de dispositivos rádio receptores, uma vez que consome menos energia.