Idosa cai em golpe do WhatsApp e perde quase R$ 7 mil

·2 min de leitura
woman in discoteque gets bothered on her mobile phone by an unknown caller with blocked number
Criminoso disse, por mensagem, que aquele era o novo número do filho dela

(Getty Images)

  • Idosa cai em golpe do WhatsApp ao conversar com criminoso que se passava por seu filho;

  • Homem alegou estar devendo a agiota e pediu socorro à mulher;

  • Vítima transferiu quase R$ 7 mil, oriundos de empréstimos bancários, dinheiro emprestado e salário.

Uma mulher de 65 anos caiu em um golpe de WhatsApp e teve prejuízo de quase R$ 7 mil após realizar dois empréstimos. Ela achava que conversava com seu filho pelo aplicativo de mensagens, sendo que não passava de um criminoso tentando enganá-la.

Na conversa, o homem alegou que devia dinheiro a um agiota e se aproveitou do desespero da idosa, que já havia perdido um filho. Ao g1, a vítima – que preferiu não se identificar – explicou que fez dois empréstimos, pediu adiantamento do salário e até conseguiu uma quantia emprestada.

“Nessa brincadeira, de depósito em depósito, coloquei R$ 6.900 [na conta do golpista]. Tive que pegar empréstimos de um lado para o outro, e estou toda endividada. Tenho até que pagar a sogra dele [do filho por quem o golpista se passava, para quem pediu dinheiro emprestado]”, desabafa.

Atualmente, a idosa trabalha como autônoma, pois está de licença médica de seu emprego fixo devido a um câncer de mama. “Fiquei muito abalada com isso tudo [a morte de um dos seus filhos], e quando essa pessoa se passou pelo outro, e disse que estava ameaçada, enlouqueci. Não suporto passar por mais uma dor como aquela”, conta.

O contato do criminoso começou no dia 11 de abril. Na mensagem, o suposto filho disse que aquele era seu novo número de celular e que ela deveria salvá-lo. A família só descobriu o que se passava quatro dias depois, quando o verdadeiro filho foi almoçar na casa da mãe e brincou que não precisava pedir dinheiro, e sim ajudá-la.

A mulher mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Um boletim de ocorrências foi feito pela internet, mas nenhuma quantia foi reavida. A vítima está vivendo com o último valor que lhe restava, de R$ 1.600, para pagar suas contas.