Mercado fechado
  • BOVESPA

    98.829,27
    +902,93 (+0,92%)
     
  • MERVAL

    38.390,84
    +233,89 (+0,61%)
     
  • MXX

    52.771,12
    -56,81 (-0,11%)
     
  • PETROLEO CRU

    69,20
    -0,76 (-1,09%)
     
  • OURO

    1.981,00
    -14,90 (-0,75%)
     
  • Bitcoin USD

    27.599,71
    -652,83 (-2,31%)
     
  • CMC Crypto 200

    597,33
    -21,06 (-3,41%)
     
  • S&P500

    3.970,99
    +22,27 (+0,56%)
     
  • DOW JONES

    32.237,53
    +132,28 (+0,41%)
     
  • FTSE

    7.405,45
    -94,15 (-1,26%)
     
  • HANG SENG

    19.915,68
    -133,96 (-0,67%)
     
  • NIKKEI

    27.385,25
    -34,36 (-0,13%)
     
  • NASDAQ

    12.922,75
    +68,75 (+0,53%)
     
  • BATS 1000 Index

    0,0000
    0,0000 (0,00%)
     
  • EURO/R$

    5,6520
    -0,0780 (-1,36%)
     

Haddad descarta recessão e culpa governo Bolsonaro por queda do PIB no 4o tri

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira não trabalhar com a possibilidade de recessão econômica e afirmou que a retração do PIB verificada no último trimestre de 2022 é um reflexo da alta dos juros promovida pelo Banco Central em reação a medidas tomadas pelo governo anterior no período eleitoral.

"Todo o desafio do Ministério da Fazenda, da área econômica, é reverter esse quadro e promover uma curva ascendente do crescimento do PIB. Neste momento, ela está descendente", afirmou Haddad a jornalistas na portaria do ministério.

Ele disse que não trabalha com a perspectiva de uma recessão, que pode ser caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração da atividade. "Mas evidentemente a manutenção das taxas nesse patamar enseja...uma desaceleração da economia", acrescentou.

Os comentários vieram depois de o IBGE ter informado mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,2% no quarto trimestre de 2022 sobre o trimestre imediatamente anterior, mas acumulou no ano uma alta de 2,9%.

Mais tarde, o ministro voltou a comentar o desempenho do PIB, reiterando que o quadro desfavorável ao governo passado nas eleições levou a administração a tentar reverter a situação "de forma desesperada".

"E isso trouxe consequências para todos nós", disse Haddad, acrescentando que o cenário levou o BC a tomar decisão muito drástica de levar os juros a patamar elevado para reduzir a inflação.

"Temos que harmonizar, como eu sempre digo, a política fiscal e a política monetária, para que o Brasil não desacelere, mas, pelo contrário, retome as suas atividades econômicas com preocupação com o crédito e o investimento, que é isso o que nós estamos buscando. Não é só abaixar os juros, é fazer o que estamos fazendo."

Questionado sobre a política de preços para os combustíveis, Haddad disse que o tema está sendo tratado pelo Ministério de Minas e Energia e que a ideia é "encontrar alternativas para que não pese no bolso do consumidor as eventuais variações de preço internacional que penalizaram muito o consumidor no último governo".

(Por Victor Borges, texto de Isabel Versiani)