Guerra na Ucrânia é pano de fundo do Eurovision 2023, mas Zelensky é impedido de discursar no evento

AP - Martin Meissner

Liverpool, na Inglaterra, sedia neste sábado (13) a final do Eurovision, o maior concurso musical do mundo. No total, 26 finalistas se apresentarão nesta edição, que é marcada pela guerra na Ucrânia, pelo segundo ano consecutivo. No entanto, organizadores não permitiram que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discursasse no evento.

Essa 67a edição do Eurovision contará com a presença de 11 artistas ucranianos, entre eles, a Kalush Orchestra, que venceu o concurso no ano passado com a canção "Stefania". A Ucrânia volta a contar com um candidato de peso neste ano, a dupla Tvorchi, formada por Andrii Hutsuliak e Jimoh Augustus Kehinde, ucraniano com origens nigerianas. Eles interpretarão "Heart of Steel", música inspirada na resistência dos combatentes na usina de Azovstal.

A tradição manda que o vencedor de cada edição acolha o evento no ano seguinte. No entanto, como a Ucrânia não poderia sediar o Eurovision 2023 devido à guerra, Liverpool, a cidade dos Beatles, foi escolhida.

Mas a festa "é mais deles do que nossa", diz a inglesa Jenny Birchett, de 70 anos. "Apoiamos a Ucrânia. Nossos corações sangram pelos ucranianos", diz ela na entrada do evento, vestida de azul e amarelo.

A ministra britânica da Cultura, Lucy Fraze, confirma a constatação. "Os olhos do mundo estarão voltados para Liverpool neste fim de semana, mas nossos corações estarão com a população da Ucrânia, que luta por sua soberania e sobrevivência", diz.

Politização do evento

(Com informações da AFP)


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