Guedes quer Auxílio Brasil de R$ 600 e vale-caminhoneiro de R$ 1.000

A ideia é que as mudanças sejam aprovadas por meio de uma PEC (REUTERS/Adriano Machado)
A ideia é que as mudanças sejam aprovadas por meio de uma PEC

(REUTERS/Adriano Machado)

  • Guedes quer aumentar Auxílio Brasil para R$ 600 e Pix Caminhoneiro para R$ 1.000;

  • Ministro também apoia a ideia de dobrar o vale-gás;

  • Medidas devem ser votadas no Senado na próxima terça-feira (28).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu que quer aumentar o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e lançar o auxílio-caminhoneiro, batizado de ‘Pix Caminhoneiro’, no valor de R$ 1.000. Inicialmente, o benefício que visa compensar a alta do diesel havia sido fixado em R$ 400, mas desagradou a categoria.

Segundo apurado pelo UOL, Guedes também apoia dobrar o valor do auxílio-gás, correspondente a 50% da média do preço do botijão de 13 kg. Essas três medidas já estavam ganhando força no Congresso e entre os ministros nos últimos dias e representam uma forma de aumentar a popularidade de Jair Bolsonaro em ano de eleição. Juntas, têm um custo total estimado de R$ 29 bilhões.

A ideia é que as mudanças sejam aprovadas por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) junto com a proposta de estabelecer estado de emergência, capaz de viabilizar o pagamento do auxílio a caminhoneiros sem risco de infringir a lei eleitoral.Dessa forma, o presidente estaria blindado contra restrições fiscais e eleitorais.

De acordo com o portal, o governo pretende articular a votação na próxima terça-feira (28), no Senado. O presidente da Câmara, Arthur Lira, aliado de Bolsonaro, também teria se comprometido a votar a PEC antes do recesso parlamentar.

Objetivos

A aprovação das três medidas permitiria colocá-las no lugar da proposta que prevê compensação financeira aos estados que zerarem o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis até o fim deste ano – já em tramitação no Congresso.

Dessa forma, o governo não precisaria depender dos governadores para reduzir os preços dos combustíveis na bomba, uma vez que acredita que os estados politizaram a questão do ICMS. Os governadores, em contrapartida, culpam a Petrobras pelos aumentos dos preços. Em alguns lugares do país, o diesel já se encontra mais caro que a gasolina.