Guedes estampa nota de US$ 9,55 milhões em referência a paraíso fiscal
(SERGIO LIMA/AFP via Getty Images)
Rosto de Paulo Guedes é estampado em nota de US$ 9,55 milhões
Protesto foi feito na Faria Lima, em São Paulo, em referência ao paraíso fiscal do ministro
Na nota de dólar, há também referências sobre seu lucro como ministro
Paulo Guedes foi mais uma vez motivo de protesto na Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Na noite desta quinta-feira (7), manifestantes colaram um cartaz com a foto do ministro da Economia em uma nota de US$ 9,55 milhões, em referência à quantia que ele acumulou no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Na nota de dólar, também está escrito “No tax we trust” (confiamos em nenhum imposto) e “Duty Free” (sem taxas), além do lembrete dos R$ 14 mil que Guedes obteve por dia no governo Bolsonaro.
Paulo Guedes estampa nota de US$ 9,5 milhões em muros da Faria Lima, endereço referência do mercado financeiro na cidade de São Paulo - https://t.co/XIinTVbLHL pic.twitter.com/uosMauHJno
— Folha de Pernambuco (@folhape) October 8, 2021
Os manifestantes são os mesmos que, um mês e meio atrás, fizeram um cartaz de Guedes escrito “Faria Loser”. Loser significa perdedor, em inglês.
"Primeiro, achamos que Guedes era apenas o Faria Loser, ou seja, o gestor de uma política econômica já fracassada. Mas agora descobrimos que ele mantinha milhões de dólares em paraíso fiscal", disse um dos ativistas à Folha de São Paulo. "Além de escapar de impostos, Guedes lucrou com a alta do dólar enquanto o país voltava a sofrer com inflação e perda de poder aquisitivo. Daí a lama".
trabalho na Faria Lima agora há pouco (foto minha) pic.twitter.com/oh1jFI1ruW
— thais herédia (@thaisheredia) October 8, 2021
A Avenida é simbólica para os manifestantes, já que boa parcela dos empresários que votaram em Jair Bolsonaro trabalha lá. Nesta terça-feira (3), Câmara e Senado aprovaram requerimentos para ouvir Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a manutenção de offshores em paraísos fiscais. Na Câmara, como se trata de uma convocação, o ministro é obrigado a comparecer. Ainda não há data.