Guedes diz que vai aumentar privatizações se Bolsonaro for reeleito

Foco de sua próxima passagem em caso de reeleição será de acelerar as privatizações, afirmou Guedes (Photo by Paulo Lopes/Anadolu Agency via Getty Images)
Foco de sua próxima passagem em caso de reeleição será de acelerar as privatizações, afirmou Guedes (Photo by Paulo Lopes/Anadolu Agency via Getty Images)
  • Falas do ministro aderiram a um tom eleitoreiro diferente dos últimos meses;

  • Guedes afirmou que seu trabalho garantiu investimentos de R$ 900 bilhões ao país nos próximos 10 anos;

  • Ministro da Economia afirmou também que pretende reindustrializar o Brasil a partir da indústria energética.

Paulo Guedes afirmou que, em caso de reeleição de Bolsonaro, seu próximo período no Ministério da Economia será focado em acelerar as privatizações, abrir mais a economia e reindustrializar o Brasil a partir de uma indústria energética barata e renovável.

As afirmações do ministro foram feitas nesta quarta-feira (14) durante um evento na Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), em que Guedes recebeu o prêmio de Personalidade do Ano do Comércio Exterior.

O ministro da Economia também afirmou que sua passagem pela pasta garantiu ao país R$ 900 bilhões em investimentos no país pelos próximos dez anos, graças a reformas e investimentos do governo, como a Reforma da Previdência, Marco do Saneamento, Pacto Federativo, legislações no setor da energia, cabotagem e implementação do 5G.

"Isso é R$ 90 bilhões ao ano, sem considerar os bônus de assinatura", afirmou.

Guedes assumiu um tom mais eleitoreiro neste evento do que vinha exibindo nos últimos meses, quando chegou a se posicionar contra a possibilidade de reeleição presidencial. Segundo o fundador do banco de investimentos Pactual, o Brasil só tende a se fortalecer com a presença de uma aliança liberal-conservadora no governo do país.

"Sempre fico muito seguro da resiliência do Brasil, da capacidade da nossa democracia de absorver choques. Estamos mais fortes, porque antes só tínhamos uma perna. O Brasil era o democrata saci-pererê, que só pulava com a perna esquerda. Agora temos os conservadores, os liberais, após 30 anos de social democracia", disse.

Ainda nesta quarta pela manhã, o ministro da Economia discursou na Associação Comercial do Rio de Janeiro, onde afirmou que o país já conhece a plataforma econômica de Bolsonaro, que é contrária à expansão de gastos típica dos últimos 40 anos.