Guedes afirma que PEC Kamizake não é eleitoreira
No passado, o ministro da Economia havia afirmado que PEC traria consequências desastrosas;
Guedes afirmou se tratar de uma PEC das Bondades;
Para o ministro, situação no Brasil é de fome.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou durante a coletiva de divulgação do Boletim Macrofiscal que a chamada "PEC Kamikaze", Proposta de Emenda à Constituição que já foi aprovada no Senado, e ganhou aprovação em primeiro turno no Congresso, não é uma medida eleitoreira.
"Kamikaze" é como ficaram conhecidos os pilotos suicidas japoneses da Segunda Guerra Mundial, que chocavam suas aeronaves contra navios militares americanos no intuito de afundá-los.
O texto prevê uma série de cortes de impostos, e a ampliação e criação de benefícios sociais, como o aumento do Auxílio Brasil, do vale-gás e a instituição de um auxílio-caminhoneiro e auxílio-taxista, que tem como propósito ajudar a esses profissionais cobrirem o custo dos combustíveis.
Proibida pela Lei Eleitoral, a criação desses benefícios em ano de eleições ainda fura o Teto de Gastos, ao criar novas despesas para o governo acima do limite permitido pela Constituição. Para contornar esse problema, a PEC Kamikaze declara estado de emergência, permitindo ao governo não respeitar essas leis.
"Falar em populismo fiscal é fake news. Continuam falando em desequilíbrio fiscal, quando garantimos que PEC não terá impacto fiscal líquido", disse Guedes. "Se há fome no Brasil, se as pessoas estão cozinhando a lenha, se tudo isso é verdade, esse programa não é eleitoreiro. Ou esse programa é eleitoreiro e não tinha ninguém passando fome. Ela é uma PEC das bondades, e não PEC Kamikaze", disse.
Vale lembrar que no início da tramitação do projeto, o próprio ministro da Economia apelidava a PEC de Kamikaze, inclusive afirmando que ela traria "consequências desastrosas sobre a economia brasileira".