Google atinge marco na computação quântica ao reduzir erros de cálculo
O Google atingiu, recentemente, um marco na computação quântica, conseguindo reduzir erros nos cálculos de bits quânticos com base em trabalhos anteriores também feito por profissionais e pesquisadores da empresa do conglomerado Alphabet. Os resultados foram publicados no periódico científico Nature em 22 de fevereiro deste ano.
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Os computadores quânticos são uma promessa tecnológica enorme, e conseguiriam calcular em velocidades e quantidades muito além das capacidades de computadores comuns. Até agora, no entanto, não atingimos uma escala utilizável para a tecnologia, com protótipos suscetíveis a taxas de erro muito altas, deixando computadores quânticos muito pouco confiáveis.
Refinando bits quânticos
Pesquisadores do Google, então, demonstraram uma redução significativa nos erros de cálculo, ao mesmo tempo em que aumentaram o número de bits quânticos (qubits) físicos em um "qubit lógico", uma espécie de tijolo que compõe computadores quânticos de larga escala.
As taxas de erro atingidas pelo processador de 3ª geração da empresa, o Sycamore, ficam entre 1 em 10.000 e 1 em 100. Com o próprio trabalho e o de outros como base, a empresa relata estar ciente de que o desenvolvimento de computadores quânticos irá precisar de taxas de erro muito menores, mas ainda comemora o avanço, feito pelo time Google Quantum AI, mais especificamente.
O código utilizado para a correção de erros de cálculo é chamado de código de superfície. Com ele, pela primeira vez nos estudos sobre a tecnologia, foi possível demonstrar que aumentar o tamanho do código diminuiu a taxa de erros nos qubits lógicos. Esse avanço representa a segunda etapa de um programa de metas com 6 passos, cujo objetivo é construir um computador quântico com correção de erros, uma máquina que será, espera-se, capaz de desenvolver aplicações científicas e industriais nesse campo.
Para a Alphabet, o avanço vem em boa gora, já que o campo de inteligência artificial tem gerado muitos frutos na chamada "guerra armamentista da IA", com a integração do ChatGPT ao Bing, buscador da Microsoft. Isso foi acentuado pela falha do Bard, chatbot do Google que não teve o mesmo sucesso.
Fonte: Canaltech
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